Preocupada com a inevitável queda diante das fortes acusações e provas que a fizeram ré por furto qualificado, a presidente interina do SindSaúde faz malabarismos para se manter no cargo
Marli Rodrigues está há quase 12 anos na presidência do sindicato graças a liminares, e recentemente, em ação trabalhista na 9ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, sustentou que o número total de sindicalizados era de 4.755 após a realização da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 26 de fevereiro, que respaldou a intervenção da diretoria do SindSaúde-DF, inclusive com ata registrada em cartório.
O total de membros foi utilizado para questionar o quórum de mais de 100 sindicalizados. Segundo o Estatuto, o número de filiados presentes à AGE deve ser de 2%, para que a mesma possa deliberar procedimentos.
O detalhe é que a demora para o SindSaúde-DF informar quantos sindicalizados estão registrados, entre outras imprecisões protelatórias, na visão do presidente da Intervenção, Amarildo Carvalho, foi uma clara tentativa de fraude.
“Isso porque Marli Rodrigues fundamentou a ação questionando 2% dos sindicalizados que aprovaram a intervenção durante a AGE estarem quites com obrigações junto ao Sindicato”, afirmou Amarildo.
No entanto, a presidente interina não comprovou que esses 4.755 sindicalizados apresentados em listagem estivessem com suas mensalidades em dia, sem pendências.
Também a interina nada fala sobre o fato de ser ré por furto qualificado sobre precatórios de sindicalizados vendidos à empresa CiaToy. Cerca de 2,4 mil pessoas sindicalizadas não sabem o que foi feito com esse valor milionário.
Aliás, Marli Rodrigues precisa responder a muitos questionamentos sobre sua longa jornada no comando do SindSaúde: furto qualificado, gastos com publicidade, dinheiro na conta da filha e do genro, ocultação de valores em contas, sinais exteriores de riqueza, tentativa de intimidação contra opositores e por aí vai.

A vida sindical de Marli é de fato bem complicada. Chegou a ser afastada da direção da CUT e se mantém na presidência do SindSaúde graças a artifícios judiciais.
Segundo informações, ao ver o círculo se fechando rapidamente, a presidente interina tem procurado amigos influentes na tentativa de receber apoio para se manter no cargo, mas desde que se tornou ré por furto qualificado, juntamente com a filha e o genro, ninguém, em sã consciência, tem coragem de meter a mão no assunto que virou caso de polícia – e de justiça!
Por outro lado, a qualquer momento Marli Rodrigues será obrigada pela justiça a deixar o comando do SindSaúde, que já não aguenta mais tanta notícia negativa e consequente desgaste.