![]() |
|
Priscilla Tasso nem de longe se enquadra no antigo estereótipo |
Nos 10 últimos anos, os cultos protestantes ganharam milhares de novos adeptos no Distrito Federal e, hoje, representam a opção religiosa de 26,8% da população, segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Grande parte desse crescimento se deu em virtude do avanço das denominações neopentecostais, nascidas na década de 1970 com o intuito de renovar práticas tradicionais e adaptá-las aos costumes da atualidade. Com isso, a mulher também passou a ocupar um novo espaço e a ganhar lugar de destaque nos cultos e até mesmo no comando das igrejas.
Na igreja, enquanto Priscila comanda um dos maiores templos do DF, o de Ceilândia, a irmã toca a área administrativa do grupo e é responsável por uma editora. Em breve, ela vai estrear um programa de tevê. Tanto trabalho reflete a expansão e a força das igrejas neopentecostais no país. “O preconceito da sociedade em geral (em relação aos evangélicos) acontece por uma barreira criada desde sempre. O Brasil foi um país católico em sua gênesis. Assim, uma nova maneira de interpretar a fé soa como algo diferente, e as pessoas têm muita reserva. A tendência é o desaparecimento desse preconceito, pois já não podemos ser considerados um país de maioria católica. Acredito que, até 2020, seremos maioria”, acredita Lúcia Rodovalho.