Mas há muito mais nessa história.
Em reportagem exclusiva publicada há pouco na Crusoé, o repórter Fabio Leite mostra quem se beneficia com o cerco à operação de combate à corrupção:
Leia um trecho da apuração exclusiva:
“A guerra aberta pela Procuradoria-Geral da República contra a Lava Jato tem como principal alvo a ‘matriz’ de Curitiba, mas o desmonte das forças-tarefas dedicadas a combater o maior esquema de corrupção já descoberto no país deve produzir um impacto ainda pior na ‘filial’ de São Paulo, onde os inquéritos envolvem, principalmente, os esquemas do PT e do PSDB…
São Paulo é um exemplo concreto do estrago que o plano de Augusto Aras pode provocar na Lava Jato. Nos dois anos em que atuou sem procuradores com dedicação exclusiva, entre 2017 e 2018, a força-tarefa paulista realizou uma única operação. O grupo, inclusive, foi alvo de críticas por causa da lentidão nas apurações. A partir de 2019, quando cinco procuradores passaram a se dedicar exclusivamente aos inquéritos, oito operações foram realizadas, como a que levou à denúncia contra o senador José Serra, do PSDB, no início do mês.
O cerco da PGR à Lava Jato atinge São Paulo justamente no período em que as investigações começaram a deslanchar. São mais de 100 procedimentos em curso dentro do grupo que conta com apenas oito procuradores. No início do ano, membros da força-tarefa foram até Brasília pedir reforços a Augusto Aras, mas as decisões do chefe do MPF foram no sentido contrário…”
A reportagem revela a estratégia do PGR para desmontar a Lava Jato.
E o prejuízo real para as investigações.
A Crusoé já havia alertado sobre a ofensiva do PGR contra a Lava Jato, em reportagem especial: