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    LAERTE BESSA E A MÁGOA

    “Roriz esqueceu do amigo fiel em prol da filha, sacrifiquei meu mandato para apoiá-lo.” Foi assim que o deputado federal Laerte Bessa – PSC, referiu-se à sua derrota nas urnas das eleições 2010. A filha de Roriz, Jaqueline Roriz (PMN), foi eleita deputada federal  com 100.051 votos. Segundo o parlamentar, Joaquim Roriz não o apoiou como havia prometido, mas garante que apesar disso não guarda mágoas. “Não me arrependo por ter sido fiel a ele, até mesmo pela gratidão que tenho. A reestruturação da Polícia Civil durante os oito anos em que estive à frente da instituição devemos ao Roriz, quando fomos considerados a melhor polícia da América Latina”, disse.

    Perder as eleições, mesmo com mais de 50 mil votos, levou Bessa a repensar sua vida. “Estou analisado, refletindo não sei se continuo na vida pública. Não sirvo para ser político por causa do meu temperamento”, argumentou. O deputado é do tipo que tem estopim curto e não leva desaforos para casa. Ele foi tido como truculento quando, em junho passado, agrediu fisicamente o assessor do ministério do Planejamento, Luiz Gonzaga Baião, que estaria impedindo a entrada de deputados do PT para, com isso, evitar o quorum necessário à aprovação de um requerimento que seria votado na ocasião.

    Quanto aos planos para 2011, Bessa  disse que se permanecer na política vai assumir uma postura de oposição quanto ao governo eleito. “Sou contra o PT e contra o Agnelo. Não tem sentido apoiar o que não concordo”, afirma. Segundo Bessa, ele encerra seu mandato sem mágoas, sem revanchismo e com tranqüilidade. “Cumpri minha missão, tanto com Brasília, quanto com a segurança pública”, destaca.

    Fonte: O Distrital

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