A revista Crusoé desta semana está sensacional e já causa certa apreensão no STF. Afinal de contas, há meses que o STF vem tomando decisões que impõem obstáculos à luta contra a corrupção.
Vindas de Brasília, as decisões pareciam inquestionáveis.
Eis que, aplicando a lei, um grupo de magistrados de Porto Alegre resistiu a se curvar ao revisionismo jurídico de ocasião vindo de Brasília.
Sim, os magistrados de Porto Alegre disseram “não” ao STF de Dias Toffoli:
Leia um trecho da reportagem exclusiva de Mateus Coutinho e Fabio Serapião que acaba de ser publicada e explica o significado disso:
“No momento em que a Lava Jato está na berlinda, acossada por uma série de derrotas impostas pelo Supremo, o TRF-4 montou uma trincheira contra o revisionismo jurídico de ocasião, afastou qualquer suspeita sobre a isenção dos juízes de Curitiba e conferiu sobrevida à maior operação de combate à corrupção já deflagrada no país…”
Em seu voto, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, disse que não era possível seguir a decisão do STF que já resultou, por exemplo, na anulação da condenação que Sergio Moro impôs ao ex-presidente da Petrobras dos tempos de Dilma e do petrolão.
É o acontecimento mais importante do país nos últimos dias.
Fonte: Revista Crusoé