No placar de 12 a sete que salvou a deputada distrital Sandra Faraj (PR) de virar ré em um processo penal em pleno ano de eleições, foi contabilizado o voto do desembargador Roberval Belinati. O juíz de alto escalão defendeu que os documentos anexados aos autos não o faziam concluir que Sandra cometeu o crime de estelionato. Sandra e Roberval já tiveram as vidas cruzadas em 2016. O desembargador é pai de Roberlei Belinati, ex-chefe da assessoria Jurídico-Legislativa do gabinete da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, pasta onde a distrital tinha espaço para a indicação de aliados.
Nomeação conjunta
Roberlei Belinati foi nomeado em 12 de dezembro de 2016, indicado para o cargo por Marcelo Lima, então secretário de Justiça, indicado pelo governador Rodrigo Rollemberg e pela distrital Sandra Faraj. O ex-secretário chegou a analisar currículos, mas ficou com o do filho do desembargador. “Teve um chefe que ficou os primeiros meses, mas precisou sair e eu comentei que precisava de alguém. Me mandaram alguns currículos, analisei três e fiquei com o dele, mas não fiz relação com o sobrenome Belinati. Soubemos depois que era filho do desembargador”. A deputada disse à coluna que “não tem conhecimento do fato.”
Desembargador não tem vínculo político
À coluna, Roberval Belinati afirmou que não mantêm relações – pessoal, profissional ou política – com a parlamentar. O desembargador disse ainda que o filho é advogado e nunca tratou com a distrital sobre o cargo, onde ficou pouco mais de três meses. “Ele foi convidado pelo advogado Élson Crisóstomo e não tem nenhum compromisso político ou social com a parlamentar. Foi nomeado pelo governador.
Fonte: Coluna Do Alto da Torre/Jornal de Brasília