Segundo o procurador e deputado federal mais votado do Paraná, Deltan Dallagnol, imaginem se a Lava Jato:
– Prendesse alguém sem ter competência, por 4 meses, sem denúncia (prazo legal é de 40 dias);
– Fizesse uma delação com essa pessoa PRESA, e a soltasse no dia que a delação fosse homologada;
– Prendesse NOVAMENTE o delator depois de saber que ele criticou a força-tarefa ou o juiz
Sérgio Moro;
– No mesmo dia da prisão, levantasse o sigilo de um depoimento, que deveria ser sigiloso, em que a pessoa voltou atrás nas críticas porque parece desesperada e com medo de perder os benefícios do acordo, de prejudicar a família e a própria estabilidade financeira. A corroborar isso, a pessoa passa mal e desmaia ao saber que será presa, precisando de socorro médico;
– Dissesse que o sigilo foi levantado para afastar qualquer dúvidas de que a pessoa firmou aquele acordo de maneira voluntária e espontânea, mesmo com áudio daquela pessoa de dias anteriores contradizendo isso, em que ela afirma ter sido coagida a dizer coisas que ou não aconteceram ou que ela não sabia.
Conseguem imaginar? Pois é, a Lava Jato nunca fez isso. Mas isso está acontecendo agora, no STF.
É surreal ver quem atacou e criticou tanto a Lava Jato em nome de direitos silenciar agora ou, pior, endossar e apoiar o que está acontecendo.