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    HÉLIO ACUSA ROLLEMBERG DE NEGOCIAR VAGA

    ELEIÇÕES 2010 – DISTRITO FEDERAL
    Hélio acusa Rollemberg de negociar vaga

    Do Jornal de Brasília

    Pivô da crise no PT-DF, o dirigente petista Hélio José da Silva Lima acusa Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato ao Senado pela coligação Um novocaminho, de ter tramado contra ele com o intuito de tirá-lo da primeira suplência. Segundo Hélio, que era até então secretário de Assuntos Institucionais e Políticos do PT-DF,Rollemberg teria interesse em entregar o posto a um “milionário do ramo da química, integrante de um dos partidos
    da coligação”.

    O ex-suplente,porém, não citou nomes. Hélio, que pediu desfiliação do partido depois da denúncia de pedofilia envolvendo uma sobrinha, se diz inocente e culpa Rollemberg pela “perseguição” a que está sendo submetido. “Primeiro ele tentou me corromper para comprar a minha vaga. Como não conseguiu, foi procurar uma confusão familiar que nunca houve”.

    As divergências entre Hélio e Rollemberg são, segundo ele, antigas. Elas teriam tido início em 2004, em Alexânia (GO), quando as famílias dos dois tiveram “sérios atritos”, segundo Hélio. “Ele queria vender o PT de lá, que era controlado basicamente pela minha família, para o PSB”, conta.

    “Como não conseguiu, ele foi com um trio elétrico até a frente a casa do meu pai, um homem de 80 anos, e fez todo tipo de provocação. Meu pai teve um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou todos esses anos acamado. Ele veio a falecer mês passado”, narra Hélio. Ele conta que apoiou a candidatura de Rollemberg, de quem foi designado primeiro suplente “passando por cima dessa questão familiar importante”, por causa da orientação do PT nacional, que se coligou com o PSB depois da retirada da candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República.

    Se sentindo traído, o ex-dirigente conta que foi pego de surpresa com a acusação. Ele, que era líder da corrente Base Petista e Socialista, conta que o pedido de desfiliação partidária foi feita “para não constranger mais o PT”. A corrente tem expressão no partido no DF, com cerca de 15% dos votos nas convenções e eleições internas. “Eu é que não quero ser suplente de uma pessoa que é capaz de uma coisa dessas”, diz ele sobre Rollemberg, a quem acusa de “elamear” o PT.

    Hélio garante que ele e seus aliados dentro da legenda não só evitarão o voto para Rollemberg, como farão campanha para “mostrar para a sociedade quem é essa pessoa”. Ele insiste que não tem contra si qualquer processo e diz que moverá ação por danos morais contra Rollemberg.

    GAMBIARRA

    Hélio já foi alvo das atenções em outro episódio político no DF, que o levou a ficar conhecido como “Hélio Gambiarra”. Foi em 1995, quando o ex-petista era diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB) e utilizou de uma fiação irregular – gato ou gambiarra – para iluminar um evento
    em sua chácara.

    A festa era o batizado do filho de Chico Vigilante (PT) e contou com a presença do então governador Cristovam Buarque e do hoje presidente Lula. Por causa disso, Hélio foi afastado do cargo na CEB. Ele julga o episódio como “outra injustiça” cometida contra ele.

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