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Governador Agnelo (PT) (foto: Google Imagens) |
Por vezes, o Governo Agnelo dá a clara intenção de preferir o confronto do que o diálogo. Talvez isto advenha do simples fato de que o governador delegou a terceiros a tarefa de ‘fazer política’. Ele, que tantas vezes disse ter em Lula sua fonte de inspiração, acaba atuando como alguns governos petistas que optaram pelo isolamento.
Negar-se a receber servidores, desconhecer compromissos públicos assumidos com categorias, protelar a efetiva implantação da mesa permanente de negociação, posicionar-se como vítima, esconder-se por detrás da arrogância de auxiliares… A dúvida é saber aonde os que aconselham Agnelo querem chegar com tais posicionamentos. Este não é, efetivamente, um governo com a cara do PT – sempre adepto do diálogo com os movimentos sociais.
A eclosão de movimentos grevistas indica que o GDF virou refém desta arrogância que por vezes o poder transfere aos ocupantes temporários de cargos, muitas vezes em funções acima de suas qualidades profissionais e capacidade política. Todo mundo sabe e é sensível ao quadro que este governo herdou, mas não será pela truculência que irá convencer alguém de que a palavra comprometida, que a assinatura em documento do candidato não tem valor quando chega e assume ‘a caneta’.
Isolar-se e transferir responsabilidade não são procedimentos indicados para quem venceu assumindo compromissos. Não cumprir acordos e promessas pode colocar o governo num viés de isolamento – algo que já aconteceu em governos do PT no Pará e em Porto Alegre e, se não mudar, acabará acontecendo no DF também.
FONTE: Jornal Passe Livre