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    GOVERNADOR ROGÉRIO ROSSO E A TRANSIÇÃO DE GOVERNO

    TRANSIÇÃO – DISTRITO FEDERAL
    Rosso quer transição histórica

    No primeiro dia útil após as eleições, o governador Rogério Rosso e a vice-governadora Ivelise Longhi se reuniram, nesta quarta-feira (3), com integrantes do Governo e a Coordenadoria Extraordinária de Transição. Cerca de 80 pessoas – entre elas dois representantes do governo eleito – participaram do encontro, no Palácio do Buriti. “Vamos fazer uma transição como nunca foi feita na história do Distrito Federal”, assegurou Rosso.

    Secretários, administradores, dirigentes de empresas e gestores do governo do Distrito Federal ouviram do governador as orientações de como será a transição do ponto de vista do GDF. “Todas as informações solicitadas, contábeis, financeiras, orçamentárias, contratuais, projetos em andamentos e obras…, mencionou Rosso. “Cada unidade vai prestar em, no máximo em 10 dias, todas as informações para o novo governo”.

    O governador garantiu que as decisões a serem tomadas e que irão impactar financeiramente no próximo ano serão feitas após consulta à equipe de transição do novo governador, Agnelo Queiroz. “Não tomaremos nenhuma medida que venha a prejudicar o novo governo eleito”, disse.

    Como exemplo, Rosso citou o caso do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). “Agnelo já transmitiu também que entende, da mesma maneira que nós entendemos, que o HRSM deve ser retomado para o governo”, explicou Rosso. “Iniciamos o processo de retomada do hospital, porém, a partir de agora, todas as negociações envolvendo essa retomada serão feitas envolvendo a equipe de transição, porque a população não pode ficar sem ser atendida”.

    Estrutura de transição

    A Coordenadoria Extraordinária de Transição foi criada pelo governador, por meio do Decreto 32.311, no último dia 6 de outubro. O órgão já está em pleno funcionamento no Palácio do Buriti, sob o comando do ex-secretário de Governo, Geraldo Lourenço. Segundo Lourenço, já foi requisitado a todos os órgãos do Complexo Administrativo do GDF um completo diagnóstico da situação de cada área. Nos próximos meses, os dados serão repassados à equipe de transição do governador eleito.

    Para o representante do PT que acompanhou a reunião, Chico Floresta, o governador Rogério Rosso foi bastante claro com todo o secretariado. “O governador determinou que o secretariado seja proativo e trabalhe junto com a equipe de transição do novo governador”, avaliou Floresta. “O que foi previsto, inicialmente, pelo decreto e o que foi falado pelo governador permitem imaginar que faremos um bom processo de transição”.

    O governador afirmou que até a próxima quinta-feira (4) o governo irá sugerir à equipe de transição de Agnelo Queiroz um local para instalação do grupo de trabalho. Alguns lugares, como Biblioteca Nacional, Centro de Convenções, Anexo do Buriti e até mesmo a Residência Oficial de Águas Claras, estão entre as sugestões. A escolha do local será feita pela própria equipe de transição do governador eleito.

    Questões orçamentárias

    Com base nas dificuldades encontradas desde o início do mandato, Rosso frisou que fará todo o possível para evitar que a próxima gestão sofra problemas semelhantes, principalmente, no que diz respeito à questão orçamentária. “O orçamento elaborado em 2009 foi incompatível com os serviços a serem prestados para a população”, mencionou Rosso. “Por exemplo, o Passe Livre estudantil consumia cerca de R$ 10 milhões por mês, e o orçamento para o ano inteiro era de R$ 16 milhões”.

    O governador assegurou que não deixará para o novo governo o descompasso herdado por sua gestão. “A disponibilidade financeira era incompatível com os programas de governo. Além das decisões diárias, tínhamos que garantir a prestação de serviço com o orçamento herdado, que era absolutamente incompatível”, afirmou Rosso, que prometeu ao futuro governador um grande empenho visando a garantir a tranquilidade necessária para o começo do mandato. “Isso não se repetirá”, garantiu.

    Rogério Rosso lembrou dos avanços obtidos em seu governo na área da saúde pública, tais como o programa de descentralização de recursos para cada hospital e a retomada das quatro UPAs para o governo (duas já estão prontas para serem inauguradas). No orçamento para 2011, R$ 1 bilhão a mais foi destinado à área da saúde. Rosso garantiu que ele e a vice-governadora Ivelise Longhi continuarão, até o fim do mandato, cuidando pessoalmente dos problemas da área.

     Informações da Agência Brasília.

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