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    GDF ABRIGOU ARAPONGA

    A participação de Francisco mais ativamente na novela do mensalão do Arruda começou em 27 de agosto de 2009. Por meio do ato do presidente número 536/09, ele foi nomeado para assumir o cargo de segurança parlamentar no gabinete do distrital Raad Massouh (DEM). No mesmo dia, foi exonerada uma funcionária que ocupava a posição na equipe do deputado. A autorização foi assinada pelo então presidente Leonardo Prudente (na época no DEM, hoje sem partido).

    Com formação em Direito, Francisco chegou a ser chamado para a segunda fase do concurso de agente penitenciário do governo de Goiás. Sua atuação, caso aprovado, seria nos presídios na região do Entorno. Porém, ele permaneceu na Câmara Legislativa. A saída de Raad, suplente, e a volta da titular do mandato, Eliana Pedrosa (DEM), não impediu que Francisco permanecesse no cargo. Eliana retornou à Câmara na semana seguinte da realização da Operação Caixa de Pandora, em 27 de novembro.

    De acordo com fontes ouvidas pelo Congresso em Foco, Francisco ficou na Câmara Legislativa na ocasião com uma missão específica: monitorar os passos de Eliana. Apesar de ser uma deputada da base governista, ela nunca mereceu a confiança total de Arruda. A ida dela para a Secretaria de Desenvolvimento Social deve-se muito à desconfiança do governador nas articulações feitas por ela nos bastidores do Legislativo. No governo do ex-governador Joaquim Roriz, Eliana foi a principal responsável por derrubar o candidato do Executivo na eleição para a presidência da Câmara em 2004. Na ocasião, a candidata do governo era a deputada Eurides Brito (PMDB), mas Eliana articulou com o PT para eleger Fábio Barcellos (DEM). No lap top apreendido pelos policiais da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DECO) na última quarta-feira (3), havia um extenso relatório da movimentação de parlamentares. Como, por exemplo, reuniões e atividades exercidas por Eliana desde que a Operação Caixa de Pandora estourou.

    Abrigo no GDF

    Francisco não ficou muito tempo no gabinete de Eliana. Desconfiada da sua rotina, ela acabou por exonerá-lo. Sua saída foi publicada em 22 de janeiro. Francisco, porém, não ficou sem emprego. Na Câmara, recebia R$ 4,3 mil por mês, fora benefícios. No mesmo dia em que foi exonerado, saiu no Diário Oficial do DF a nomeação dele para Cargo de Natureza Especial (CNE) 7, de chefe, da assessoria especial da Secretaria de Estado de Relações Institucionais do DF. Fontes ouvidas pelo Congresso em Foco afirmam que ele tinha livre acesso à residência oficial de Águas Claras, de onde o governador não tem saído nas últimas semanas.

    No entanto, Francisco não esquentou banco no governo. Na quarta-feira (3), Francisco estava de volta à Câmara Legislativa, agora lotado no gabinete de Benedito Domingos, apontado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa, como um dos beneficiários do esquema de propinas que envolveu membros do Executivo e do Legislativo da capital do país. Bastaram, no entanto, algumas horas para que se soubesse qual era a verdadeira natureza da sua nova atividade na Câmara. Foi nesse mesmo dia que ele acabou detido juntamente com os policiais civis goianos José Henrique Ferreira e José Henrique Daris Cordeiro monitorando os deputados distritais.  Ainda no mesmo dia, o diretor-geral da Polícia Civil, Cléber Monteiro, foi afastado do cargo por ter se recusado a acobertar o flagrante de grampo.

    Fonte: Congresso em Foco

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