O presidente regional do PMDB, deputado Tadeu Filippelli, fez várias avaliações e chegou à conclusão de que chegou sua hora. Com a crise política em andamento no DF, Filippelli vê com bons olhos a oportunidade de se lançar candidato ao governo. Tem um partido forte, com tempo na TV, ótimos candidatos a deputados federais e distritais, e seu nome não apareceu em escândalos. O presidente do DEM, vice-governador Paulo Octávio, já pensa em se aproximar e tentar uma aliança com o PMDB para que ele seja candidato novamente ao Senado. Com a saída de Arruda e o enfraquecimento da esquerda em Brasília, o caminho fica mais leve. E Roriz? Bem, na opinião de assessores próximos à Filippelli, a ideia é mostrar ao eleitor de Brasília que existem dois grupos: os saudosistas, que querem Roriz de volta e os futuristas, que desejam um novo rumo para a cidade. Como se percebe, o discurso está pronto. O deputado bispo Robson Rodovalho (PP) poderá ser vice de Filippelli, para agregar os evangélicos. Com relação ao ex-governador Joaquim Roriz, Filippelli tem dito que seu tempo já “passou”, e que não traiu o antigo chefe. Apenas, desligou-se porque era hora de ter “voz própria e comando político da própria vida”. O PMDB é peça fundamental no jogo político do Distrito Federal. Tanto o DEM quanto o PSC sabem disso. Afinal, em política, tudo pode acontecer. Até nada.
