Relatório da Secretaria de Transparência e Controle mostra que GDF pagou por serviços que não foram prestados pela Associação Comercial do DF. Movimentação da conta-corrente revela que 95% da verba foi sacada na boca do caixa
O convênio nº 01/2012 celebrado entre a FAP (Fundação de Apoio à Pesquisa) e a ACDF (Associação Comercial do DF) consumiu R$ 1,8 milhão entre 3 e 10 de julho. Deste total, 95% das retiradas, ou R$ 1,7 milhão, foram saques feitos na boca da caixa na agência JK, do BRB, localizado no Setor Comercial Norte.
A conta era movimentada por Danielle Moreira (foto), que presidiu a associação comercial até julho de 2012. O convênio entre a FAP e a ACDF foi celebrado em 1º de junho e tinha como objeto o “desenvolvimento e execução de ações de cooperação científica, tecnológica e de inovação do empreendedorismo”.
À época, o presidente da FAP-DF era Renato Caiado de Rezende, ex-reitor da UDF. O repasse das verbas públicas foi feito um mês depois da assinatura do convênio, em 3 de julho, e totalizou R$ 4.822.576. Além da velocidade com a qual o dinheiro saiu da conta FAP/ACDF, também chama atenção o método usado para retirá-lo. Apenas R$ 94.233,95 foram pagamentos de títulos, o restante foram cheques descontados na boca do caixa. “O usual neste tipo de conta é a movimentação eletrônica para facilitar a posterior prestação de contas”, explica um funcionário da agência JK. Leia mais