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    Ex-distrital injustiçado e cassado pela CLDF, Carlos Xavier abre o coração no Podcast de DonnySilva

    Cassado em 2004, o ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier tem uma história surpreendente para contar daqui por diante.

    Xavier, como é conhecido, chegou ainda criança no DF em 1967. Trabalhou no Banco Nacional de Crédito Cooperativo, na Administração Regional de Samambaia atuou fortemente na Associação Comunitária das Quadras Pares de Samambaia e em movimentos evangélicos. Ele  integrou a Câmara Legislativa do DF entre 1995 a 2004.

    Entretanto, em  agosto de 2004 teve seu mandato cassado após denúncia de que era o mandante de um assassinato.

    Xavier foi eleito deputado distrital nas eleições de 1994, 1998 e 2002. Ele obteve 7.480 votos na primeira, 7.934 na segunda e 7.804 votos na terceira.

    No parlamento, Xavier foi presidente da Comissão de Assuntos Sociais e da de Direitos Humanos e Cidadania, bem como vice—presidente da comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Na época, afirmou que tinha como prioridade “lutar pelo desenvolvimento do Distrito Federal, em especial de Samambaia, e pela comunidade evangélica com atenção voltada às solicitações e anseios da população.”

    Em 2004, Xavier teve seu mandato de deputado distrital cassado por seus pares, em uma votação de 13 votos a favor ante 3 contrários. De acordo com investigações, o deputado havia contratado, em março daquele ano, dois pistoleiros, que foram condenados, para que matassem o jovem Ewerton da Rocha Ferreira, de 16 anos. A investigação policial afirmava que Xavier acreditava que Ferreira era amante de Maria Lúcia Araújo de Xavier, sua ex-esposa. Foi o primeiro deputado distrital cassado na história da casa.

    Em 2014, Xavier foi à juri popular e foi condenado a 15 anos de reclusão, inicialmente fechado, pelo crime de homicídio qualificado. Não chegou a ser preso, pois um habeas corpus concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, lhe autorizou responder em liberdade.

    Porém,  em uma reviravolta jurídica ocorrida em setembro de 2024 mudou a história criminal que ocorreu há 20 anos e se tornou um dos maiores escândalos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) anulou o julgamento em Tribunal do Júri do ex-deputado distrital Carlos Xavier, que havia sido condenado a 15 anos de prisão.

    Com a decisão dos desembargadores, foi expedido o alvará de soltura e o ex-deputado está livre. Um novo julgamento deverá ser realizado. Mas a defesa terá em mãos um grande trunfo: o procurador de justiça Mário Pérez de Araújo, que representou o MPDFT na revisão criminal, emitiu um parecer favorável à anulação da decisão dos jurados, em júri ocorrido há 10 anos.

    A anulação da sentença ocorreu em decorrência do depoimento de um policial civil, Adamastor Castro e Lino de Andrade Júnior. O ex-agente disse que percebeu à época da morte de Ewerton uma movimentação para dar celeridade à conclusão do caso. O crime inicialmente foi tipificado como latrocínio praticado por Leandro Duarte, que, no decorrer da apuração, afirmou ter sido contratado por Xavier para matar Ewerton. O executor foi condenado e cumpre pena.

    Adamastor disse que a tipificação foi alterada para homicídio em decorrência de questões políticas e econômicas. Ele afirmou que houve uma contaminação na investigação porque havia interesse do suplente de Xavier, Wilson Lima, de assumir a vaga na Câmara Legislativa aberta com a cassação do mandato do deputado por conta da repercussão do crime na opinião pública. Essa questão teria influenciado o rumo das investigações.

    Após ser solto, Carlos Xavier participou de um culto de Ação de Graças ao lado de familiares, amigos e apoiadores e chorou muito, agradeceu a Deus e disse que não guardava mágoa de ninguém no coração. “Agora é recomeçar a vida”, afirmou.

    Assista a entrevista exclusiva de Carlos Xavier ao jornalista investigativo DonnySilva, onde o ex-distrital fala de sucesso, queda, dor, sofrimento, livramento e recomeço. Confira:

     

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