Secretário de Comunicação da Presidência foi acusado de receber dinheiro de empresas de TV e de publicidade contratadas pelo Planalto
FOTO: ALAN SANTOS/PR
O secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten, afirmou nesta quarta-feira (15/01/2020) que os veículos de imprensa dos “grandes grupos monopolistas e poderosos” estão “atacando a pessoa errada”. O chefe da Secom rebateu, em tom de ameaça, a informação da Folha de S.Paulo de que ele receberia dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pelo próprio Palácio do Planalto. O intermédio seria feito pela empresa da qual Wajngarten é sócio, a FW Comunicação e Marketing.
Durante um pronunciamento oficial no Palácio do Planalto, Wajngarten disse que só deixará o cargo na Presidência se o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), quiserem.
Por ora, oficialmente, a saída de Wajngarten do governo não é cogitada. Horas antes do pronunciamento, segundo o jornal O Globo, houve uma reunião entre Bolsonaro, Wajngarten e o ministro da Secretaria de Governo, Eduardo Ramos, a quem a Secom é ligada. Na conversa, o presidente teria deixado claro seu apoio a Wajngarten. Ramos também saiu em defesa do subordinado no Twitter após esse encontro.
No meio da tarde, a Secom soltou uma nota oficial rebatendo a denúncia e atacando o jornal paulista, afirmando que a matéria é uma “mentira absurda e uma ilação leviana”.
O comunicado oficial da Secom ressalta que “a má-fé, o mau jornalismo conduzido pela Folha de S.Paulo é evidenciado pelo desconhecimento proposital da legislação em vigor, que na lei 8.112/90, define as regras para o exercício de cargo público e seus impedimentos”.
A nota sustenta que a legislação determina que, ao ocupante de cargo público, basta se afastar da administração e da gestão da empresa em que é é acionista para poder exercer a função para qual foi nomeado.
Fonte: Metrópoles