A Polícia Federal encontrou muitos dados que revelam a participação de policiais e delegados (alguns aposentados) da Polícia Civil, que trabalhavam (ou ainda trabalham?) para o governo do DEM no Distrito Federal.
O governador afastado e preso José Roberto Arruda mantinha um fabuloso esquema de arapongagem para vigiar o vice-governador Paulo Octávio, deputados distritais, secretários entre outros.
Veja esta anotação feita por um araponga de Arruda, que lhe encaminhou relatório de ‘anotações pertinentes’ :
* PRODF – Todos os subsecretários da Secretaria de Desenvolvimento Social estão sendo interceptados. Alguns demonstram nas conversas serem simpatizantes do Joaquim Roriz. A medida excepcional foi provocada pelo MP e está sendo operacionalizada pela DECAP (Divisão de Crimes Contra a Adm Pública) do Depate. Eventualmente autoridades Superiores aparecem em ligações telefônicas (até o momemto sem comprometimento) Ex: Governador, Vice Governador etc solicitando informações sobre lotes. (MERECE CUIDADO!)
A utilização de parte da Polícia Civil ocorria de forma até mesmo às claras! Delegados e agentes honestos que tomaram conhecimento do fato, foram afastados ou transferidos para não ‘prejudicar’ o trabalho do governo em espionar aliados e opositores.
Até mesmo farto material comprometedor desapareceu na famosa Operação Aquarela, envolvendo gente muito próxima ao governador Arruda. Uma das empresas investigadas, a ASBACE, tem muita história para contar sobre o que ocorreu antes, durante e principalmente após a Operação. O Conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia também sabe de muita coisa, assim como Francisco Soares, diretor do BRB, amigo pessoal de Arruda e ex-coordenador de campanha do governador afastado.
Dentro da cúpula do novo governo, a ideia principal era usar a Operação Aquarela para retirar do BRB as empresas que lá estavam há muito tempo e colocar novas empresas ligadas à Lamoglia e Arruda, fato que foi consumado nos gabinetes de Lamoglia no Buritinga e em Águas Claras, quando ele era chefe de gabinete do governador do DEM. Um exemplo? A substituição da empresa brasiliense ATP pela paulista Diebold Procomp, que primeiramente ganhou um contrato emergencial milionário e depois ‘ganhou’ uma licitação.
Até hoje o MP não sabe ao certo quanto foi desviado, (chegou a se falar em R$ 50 milhões) mas estranhamente bloqueou bens e contas bancárias que totalizam mais de R$500 milhões, de empresas, ex-diretores do banco, entre outros. A Operação também não chegou à conclusão alguma por questões óbvias – teria pego gente do próprio governo de Arruda! A coisa ficou roxa…
A utlização de dados adquiridos por arapongas para intimidação, extorsão, chantagem e ações políticas, era fato comum dentro da estrutura do governo de Arruda. Só havia um detalhe: em seu governo, todos investigavam a todos, porque era muito bandido num saco só, e ninguém confiava em ninguém. Agora, é só aguardar para ver como o governo do DEM agia para se manter no poder. É muita lama!!! Contarei mais nos próximos dias.
No governo do DEM no DF, usar policiais para fins de enriquecimento ilítico era prática ‘normal’. Deus tenha misericórdia de nós!