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    Escândalo – ERENICE: ‘AINDA VOU SAIR E GANHAR DINHEIRO’

    GOVERNO FEDERAL
    Erenice: ‘Ainda vou sair e ganhar dinheiro‘

    Um dos pivôs do escândalo de suposta corrupção na Casa Civil com seus filhos, irmãos e marido, a ex-ministra Erenice Guerra esperava faturar alto atuando como advogada de ex-membros do governo Lula também encalacrados em esquemas de propinoduto. Em conversa telefônica em 14 de maio de 2008, gravada pela Polícia Federal com autorização judicial, Erenice critica a atuação da polícia e confidencia ao exministro das Minas e Energia Silas Rondeau que, quando saísse do governo, pretendia “ganhar dinheiro” identificando erros em processos de investigados por corrupção.

    Na gravação, divulgada ontem pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Erenice tentava tranquilizar Rondeau, que havia deixado a pasta de Minas e Energia em meio a suspeitas de que teria participado de um esquema de tráfico de influência com Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O alvo da escuta era Rondeau.

    — Fica tranquilo, meu amigo, isso não se sustenta, Silas… Um dia eu ainda vou sair e vou ganhar dinheiro com essas coisas fora daqui. Eu fico completamente impressionada com a capacidade de instrução de inquérito falha que a polícia faz e a aceitação do Ministério Público.

    É lamentável. Nós estamos vivendo uma disputa política e de politização do Judiciário, que é um negócio escandaloso — diz Erenice para Rondeau na conversa gravada.

    Rondeau fez a Erenice uma consulta sobre o advogado para defendê-lo. Ela admitiu que havia chegado a pensar no ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para representá-lo. Mas no fim aconselhou Rondeau a manter José Gerardo Grossi como seu advogado e não usar o dos demais acusados.

    — Acho o seu mais experiente — justificou Erenice.

    À época, Erenice enfrentava a acusação de ter elaborado um dossiê contra a ex-primeira-dama Ruth Cardoso com o objetivo de evitar a instalação da CPI dos Cartões Corporativos. Embora a PF, então, tenha comprovado que a planilha com os dados da ex-primeira-dama realmente havia sido confeccionada dentro do Palácio do Planalto, a investigação acabou ficando suspensa por 15 meses e teria sido retomada apenas em março deste ano, quando o Ministério Público apresentou um pedido de acareação e depoimentos. Informações de O Globo.

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