Filho do dono da Brasfort, o distrital Robério Negreiros (PMDB) entrou em campo para defender os negócios da família dele. Integrante da base aliada ao governo, ele tenta convencer Agnelo Queiroz (PT) a desistir de regulamentar uma lei que poderia trazer transtorno para as empresas do pai.
De autoria de Chico Vigilante (PT), a medida obriga as empresas de vigilância a, quando contratadas pelo serviço público, assinarem uma autorização para que o governo passe a reter e administrar as parcelas rescisórias, como férias, aviso prévio e décimo terceiro dos empregados.
Isso evitaria os calotes a trabalhadores em caso de falência. Estima-se que nessa conta circularia algo em torno de R$ 300 milhões.
Para evitar a regulamentação da Lei, Robério aprovou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara uma indicação contra a lei. Nos bastidores, ameaça de deixar a base.
E até dezembro, o governo deve abrir licitação para contratar serviço de limpeza e vigilância. Mercado sempre aquecido, a tendência é entrar em ebulição.
Fonte: Eixo Capital/Ana Maria Campos/Correio Braziliense