Entrevistado pelo Boletim Metrópoles desta terça-feira (20), o candidato do PSD ao GDF, Paulo Octávio, disse que quer transformar Brasília em uma cidade “mais humana”. Sabatinado pelas jornalistas Larissa Alvarenga e Isadora Teixeira, no programa jornalístico do portal, transmitido pelo YouTube, ele falou sobre temas como saúde, segurança pública, transporte, educação, habitação e geração de empregos.
“O trabalhador precisa de carteira assinada e o que mais me preocupa é a situação das mulheres, que têm muitas dificuldades para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. O desemprego gera violência, miséria e desagregação social. Brasília tem contrastes, como pessoas com altíssimos salários e outros com baixíssima remuneração. Mas é importante, neste momento, a gente resgatar o emprego”, destacou.
Sobre a calamidade na saúde pública, ele foi direto. “É outro tema importante para a cidade. A Secretária de Saúde tem o maior orçamento per capita do Brasil. E tem fila para cirurgias e atendimentos. Está faltando gerenciamento e o secretário da pasta tem de ter continuidade. Falta organização e quero fazer policlínicas e um mutirão de cirurgias em 90 dias. É impossível, em pleno século 21, filas todos os dias, com todas as tecnologias que temos”, avaliou.
Na questão da mobilidade urbana, PO vai fazer exigências às empresas que operam os ônibus. “As pessoas estão perdendo tempo demais nos transportes. Os ônibus estão péssimos e vou exigir que tenham wi-fi funcionando e ar-condicionado, sem aumentar a passagem. Estou estudando a queda da tarifa até chegar ao zero, pois isso é possível, até porque tenho planos de implantar uma loteria estadual para custear isso. Quanto ao Metrô, é preciso expandi-lo para a Samambaia e Asa Norte, com a criação do VLT também”, acrescentou.
Sobre a habitação, ele defendeu a criação de bairros como o Jóquei Clube. “Brasília não tem um projeto prevendo a expansão de uma cidade que cresce a uma taxa de 1% ao ano, por isso ocorrem as invasões. Novas cidades são passos a serem dados. Nós não podemos deixar proliferar a miséria aqui”, avaliou. Na educação, além da recuperação dos patamares educacionais, Paulo Octávio quer acabar com o analfabetismo. “Nem que para isso seja preciso ter escolas diferenciadas para essas pessoas, em geral adultas. Tenho o sonho de, no meu governo, fazer uma placa aqui na cidade dizendo que não há analfabetismo na nossa capital”, completou.
PO também falou da política nacional. “O PSD está neutro no primeiro turno, na eleição presidencial. Mas já fiz uma pesquisa dentro da legenda e vi que 90% apoiam o Jair Bolsonaro. Meu posicionamento, por enquanto, é de não apoiar ninguém agora”, afirmou. Quanto à sua candidatura, ele se disse surpreso com seu desempenho nas pesquisas. “Para quem estava fora da política, é muito positivo eu estar em segundo lugar”, avaliou. Sobre o novo questionamento por parte da chapa de Ibaneis Rocha, ele foi definitivo. “O TRE já julgou minha candidatura, ganhamos e é assunto vencido”, destacou.
Por fim, ele contou os motivos de ter apresentado sua candidatura. “Eu não quero poder, quero transformar a cidade. Foi caminhando pela cidade que vi de perto os muitos problemas do DF. Me sensibilizei com os pedidos do povo. Meu partido pressionou por minha candidatura e conversei com minha família. Estou muito feliz em ser o candidato do PSD, de poder conversar com as pessoas e ouvir os anseios da sociedade. Agora, quero deixar o legado de uma boa gestão”, finalizou.