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    ELEIÇÕES 2010 – GOIÁS: MARTA JANE CRESCE E APARECE

    ELEIÇÕES 2010 – GOIÁS
    Guinada à esquerda

    Daniela Gaia, do Diário da Manhãimagem

    Com uma voz firme e estilo de professora, a pedagoga e candidata ao governo do Estado Marta Jane (PCB) apresenta um discurso que retoma às antigas discussões sobre o questionamento se o capitalismo é a melhor alternativa para a sociedade. Comunista desde 2000, Marta é a única camarada – como os militantes tratam uns aos outros – do partido a concorrer ao cargo de governadora no País.

    Com 35 anos, Marta é a candidata mais jovem na disputa eleitoral. Professora da educação básica da rede municipal de Goiânia desde 1992. A candidata nasceu em Caçu, cresceu em Jataí e mudou-se para Goiânia quando passou no concurso da prefeitura. Formada em Pedagogia e mestre em Políticas Educacionais, ambos pela Universidade Federal de Goiás (UFG),  Marta disse que sua vida política confunde-se um pouco com a militância acadêmica.

    Atuante no movimento estudantil, fez parte do centro acadêmico e da executiva do curso de Pedagogia. Marta considera que o período de formação e início na política foi um processo extremamente positivo para seu crescimento intelectual. Longe dos estereótipos que carrega, por ser mulher, comunista e candidata a governadora, Marta explica que entrou para o PCB para reorganizar o partido e para atuar como oposição ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

    “O sindicato tem uma atuação extremamente burocratizada e muito pouco representativa dentro da categoria. Nesse sentido, temos atuado com grupos organizados junto à base dos trabalhadores da educação do município de Goiânia. Enfrentamos as posições recuadas da direção do Sintego sobre as melhorias para a nossa categoria”, disse.
    Sobre a proposta para ser candidata ao governo, Marta afirma que não foi nenhuma surpresa, pois disse que a direção do partido vinha discutindo a possibilidade de lançar candidaturas próprias. A candidata explica que não lançou pré-campanha porque avalia que isso faz mais parte da vaidade dos candidatos do que da eleição em si. “A discussão de nomes sobre quem vai sair candidato ou não, foi uma questão secundária para nós. Fui escolhida, mas temos vários camaradas preparados que poderiam concorrer no meu lugar. Queremos discutir projetos com a sociedade”, afirma.

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