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    Eleições 2010 – Goiás – MABEL FOI PRINCIPAL ARTICULADOR DE FALSO DOSSIÊ, INFORMA VEJA

    ELEIÇÕES 2010 – GOIÁS
    Mabel foi principal articulador de falso dossiê, informa Veja

    Reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja informa que o deputado federal Sandro Mabel (PR) foi o principal articulador do falso dossiê fabricado para atingir politicamente o senador Marconi Perillo (PSDB). De acordo com a revista, a armação começou a ser preparada no ano passado, quando Mabel, que é líder do PR na Câmara, encontrou-se no Planalto com Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula para conversar sobre uma “bomba” .

    O deputado dizia ter documentos que mostravam a existência de uma conta secreta no exterior em nome de Marconi Perillo. Os documentos continham extratos bancários de uma certa Aztec Group, offshore supostamente sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens britânicas. Marconi seria o administrador da empresa, segundo os falsos papéis. A reportagem informa que o deputado Sandro Mabel saiu do Planalto com a promessa de que o caso seria investigado a fundo. O material apresentado a Gilberto Carvalho era apócrifo, portanto era necessário que o governo lhe conferisse autenticidade.

    De acordo com a revista, até o Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), seção do Ministério da Justiça responsável por mapear no exterior o dinheiro que deixa o País de forma ilegal, entrou na trama para atingir Marconi. Veja informa que após reunião com o chefe de gabinete de Lula, Mabel reuniu-se com o atual ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a quem o DRCI está subordinado. Como o DRCI não pode entrar em ação sem o pedido de outro órgão de investigação, Mabel fez o dossiê chegar às mãos do promotor goiano Fernando Krebs, segundo a revista.

    A revista Veja teve acesso a alguns documentos do caso. E em resposta às consultas do Ministério da Justiça, o promotor suíço Daniel Tewlin afirma que uma das principais contas relacionadas no dossiê contra Marconi simplesmente não existe. Junto à mensagem, o suíço anexou uma comunicação do banco UBS. “O banco ressalta que o documento apresentado como prova de que haveria relações comerciais (entre UBS e o Aztec Group) é uma falsificação.”
    Em entrevista coletiva no sábado (28), Marconi Perillo disse que durante todo esse tempo ficou tranquilo por saber que se tratava de uma manobra de seus adversários políticos. O tucano diz esperar que a Polícia Federal mostre todos os responsáveis pelo falso dossiê.

    O deputado federal Sandro Mabel ao portal Terra diz que sua ligação com o dossiê é “papo-furado”. “Isso é papo-furado. Meu envolvimento nisso é zero. Nunca tive contato com este dossiê, portanto, nunca o entreguei para ninguém”, disse. “Quem fez a denúncia foi o Ministério Público”, ressalta. Sandro Mabel se diz tranquilo e não teme ser processado por Marconi. “Ele pode ficar à vontade para fazer isso, se quiser, mas ele terá que ter provas concretas da minha participação nisso. E as levar a público”, avisou. Informações do Diário da Manhã.

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