Com o objetivo de promover o lazer e a formação das crianças internadas no Hospital Regional de Santa Maria, voluntários e servidores do hospital criaram, há um ano, o Projeto Sala de Leitura, com biblioteca e espaço com televisão, para tornar mais humanizado o tempo de permanência dos pacientes da Pediatria, UTI Pediátrica e até do Pronto-Socorro.
Também faz parte do projeto o grupo Clow, com voluntários da comunidade que se vestem de palhaços e visitam os pacientes do hospital aos sábados.
Para a Dra. Daniela Marinho, coordenadora da Pediatria do HRSM, esse trabalho ajuda na recuperação das crianças. “Com esse projeto, as crianças se movimentam evitando a ociosidade, além do estimulo à leitura que é tão importante”, afirma.
A biblioteca tem um espaço para as crianças desenhar, assistir DVD’s de desenhos e filmes, brincar com brinquedos ou videogames. Também ficam disponíveis gibis e livros para que os pais ou responsáveis leiam histórias para os pequenos.
Uma vez por semana, no período da tarde, o hospital recebe contadores de histórias. Um voluntário se caracteriza como um personagem da história escolhida e faz a leitura do livro para as crianças da Clinica Pediátrica e quando possível na UTI Pediátrica também.
Para a coordenadora do projeto, Soraia Santana, o mais importante é o retorno que recebe das crianças. “Algumas delas nem querem receber alta para ficar aqui, brincar, ler gibis e livros”. E ela faz um pedido. “Estamos precisando de voluntários para conseguir trabalhar com todas as crianças do hospital. Então quem quiser nos juntar nos procure aqui no Hospital”, destaca.
A dona de casa Thereza Elizete da Silva, mãe de Walison Carvalho, contou que o filho adora a sala de leitura. “Ele gosta muito de ir para a sala de leitura e isso tem contribuído para melhorar o tempo de internação e esquecer que está com problemas de saúde”, disse a mãe.
Outra mãe, Diowania Sousa, falou sobre como a sala de leitura foi importante para a recuperação da filha Ruth. “Ela ficou sabendo da salinha já nos primeiros dias de internada e queria ir de qualquer jeito para lá. Quando ela foi a primeira vez adorou, ficou encantada”. Diowania elogiou o trabalho dos voluntários e como isso ajudou na recuperação da filha. “Na hora que mais precisei, eles me deram muita força. A minha filha ficou internada 11 dias e nem queria ir embora, dizia que já estava com saudades”.