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    DISTRITO FEDERAL Pitiman no momento certo

     

    Wilson Silvestre, Jornal Opção

    “A política é feita de lances ousados nos momentos certos, definidos pelos cidadãos e não pelos partidos.” A frase, dita naturalmente sem nenhum malabarismo ufanista ou demagógico, foi pronunciada pelo deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do Fortalecimento da Gestão Pública, Luiz Pitiman (PMDB-DF) ao Jornal Opção na sexta-feira, 25. O deputado iniciou a conversa respondendo uma provocação do repórter sobre o seu futuro no PMDB. Como é sabido pela maioria das lideranças políticas do Distrito Federal, Pitiman trabalha para ser o fato novo em 2014, mas terá muita pedreira pela frente dentro de seu partido.

    O vice-governador Tadeu Filippelli não abre mão de controlar os rumos da legenda, de preferência com o governador Agnelo Queiroz. Pitiman navega em outra direção. “Quem vai definir o meu futuro será a população do Distrito Federal. Cheguei na política aos 48 anos com minha vida familiar, empresarial e econômica estruturada, sólida e repleta de energia para trabalhar em prol desta cidade. Temos que resgatar a autoestima do brasiliense, torná-lo feliz novamente e orgulhoso de Brasília.”

    De fato, Brasília já não reflete mais ares de cidade modelo em civilidade como respeito à faixa de pedestres, gentileza no trânsito, cordialidade nos elevadores e em logradouros públicos. Até mesmo a preservação do Patrimônio da Cultural da Humanidade está em risco. Para muita gente, o Distrito Federal está precisando urgentemente de um “organizador de cidades”. Tudo está confuso, faltando segurança, saúde e educação de qualidade. Os servidores públicos estão perdendo a motivação para o trabalho de servir por causa da descrença que tomou conta da imensa maioria dos brasilienses.

    “Pitiman trabalha na contramão de Agnelo, que só vê números e não gente”, atesta um empresário do ramo atacadista e amigo do deputado. Para esta fonte, que pediu anonimato, Pitiman enfrenta o antagonismo do PMDB do DF em relação às novas práticas políticas e por isso, esforça-se para não ficar nas bordas do partido. “As chances de o PMDB ficar sozinho são enormes, caso não mude sua posição de serviçal do PT.” Vendo por este ângulo, o alargamento da sigla só terá êxito se o círculo de confiança das outras legendas for resgatado e esta tarefa, dificilmente, Filippelli pode realizar. Seu cargo e comprometimento com o governo Agnelo impedem qualquer movimento neste sentido. Este é o grande drama que Luiz Pitiman vive no PMDB. Tem projeto, discurso e vontade de realizar mudanças, mas esbarra no engessamento de uma aliança que sangra, dia a dia, o PMDB.

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