MAIS
    HomeDistrito FederalDistrital critica medida sobre fim de convênio com CIEE

    Distrital critica medida sobre fim de convênio com CIEE

     

    Reginaldo Veras abraça causa dos 824 estagiários demitidos e diz que faltou planejamento do GDF
    Millena Lopes
    millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
    reginaldo verasDeputado distrital, o Professor Reginaldo Veras (PDT) resolveu adotar a causa dos estagiários com contratos interrompidos intempestivamente. Ele procurou secretários no Palácio do Buriti para pedir explicações sobre o fim do convênio com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), que deixou 824 estagiários de níveis médio e superior sem trabalho desde o dia 1º de abril.

    “No mínimo, houve falta de planejamento”, critica o deputado, que faz parte da base do governo Rodrigo Rollemberg na Câmara Legislativa. Ele questionou o fato de os estagiários serem avisados somente no dia do fim do contrato que, segundo o GDF, não havia possibilidade de ser estendido. “Este contrato foi prorrogado por 60 meses, prazo máximo previsto”, informou a Secretaria de Gestão Administrativa, em nota.

    Na segunda­feira, Veras se reunirá com uma comissão formada por estagiários, que o procuraram para ajudar a resolver a questão. O secretário adjunto de Gestão Administrativa, Alexandre Ribeiro Pereira Lopes, que assinou a circular que informava do encerramento do contrato de estágio, disse à equipe do deputado distrital que o novo processo licitatório deve demorar cerca de 60 dias. “Ou seja, não resolve o problema dos estagiários. Isso mostra, mais uma vez, a falta de competência para gerir a questão”, alfinetou Veras.

    Para o deputado, a questão deve ser melhor explicada à população, em função da intempestividade. O contrato foi encerrado no dia 31 de março, mas até o dia 10 do mês passado novos estagiários chegavam para prestar serviço ao Palácio do Buriti. “Esses mais de 800 estudantes precisavam se planejar. Até porque esse pequeno rendimento é complemento de renda familiar”, argumenta Veras.

    Máquina emperrada

    Os prejuízos para a administração pública também são apontados pelo deputado distrital como um dos problemas do encerramento do convênio, sem aviso prévio. “Os estagiários são importantes para a administração pública, porque alguns exercem até função de servidor público”, pondera.

    Com os cortes de servidores feito pela equipe de Rollemberg, em função da crise financeira, a falta dos estagiários “emperra ainda mais a máquina pública, que já está parada”, considera o distrital do PDT.

    Reposições eram feitas rapidamente

    A Secretaria de Gestão Administrativa informou que o CIEE faz a reposição automática das vagas de estágio. Por este motivo é que há estudantes que chegaram há menos de um mês no Palácio do Buriti.

    O aviso do fim do contrato, argumenta a pasta, deveria ter sido feito pelo próprio CIEE, que tem a opção de absorver os estudantes para outros estágios. “A secretaria enviou um memorando às unidades de gestão de pessoas no dia 30 de março apenas para avisar que o contrato seria encerrado”, disse a assessoria de imprensa da pasta.

    Responsáveis pelo CIEE procurados pela reportagem na quinta­feira não foram encontrados para comentar o caso, já que não houve expediente na instituição.
    Redistribuição
    O GDF tem dois convênios firmados com o CIEE. O que contemplava 824 estágios foi rescindido no dia 31 de março. O outro atende à Saúde e, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Gestão Administrativa, pode ser estendido a todo o governo.
    A ideia, agora, segundo a pasta, é redistribuir os estagiários contemplados no outro convênio para as áreas com mais necessidade do governo.
    A secretaria não soube informar, porém, quantos estagiários ainda prestam serviços ao GDF.

     

     
    Fonte:  Jornal de Brasília

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Deve ler