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    DIRETOR DA CODEPLAN CONTESTA FRAGA E ANUNCIA: “O ESCÂNDALO JÁ PIPOCOU. O FRAGA ERA A RAPOSA E EU SOU O CAÇADOR”

    O diretor da Codeplan, Manoel Tavares, não gostou das declarações do ex-deputado Alberto Fraga (DEM) e partiu para o ataque. Publiquei aqui entrevista concedida por Fraga ao jornal Alô Brasília. Confira a resposta de Manoel Tavares:

    Declaração do Fraga:

    “Dizem que querem um governo com transparência e ficha limpa, mas mandei ele ler as fichas dos secretários dele. O que foi nomeado para a direção da Codeplan, Manoel Tavares, está envolvido em um escândalo da Fundação Gonçalves Lêdo, que desviou R$ 150 milhões de reais. Vou até plagiar o Psol, ele realmente colocou a raposa para tomar conta do galinheiro. Não tenho dúvidas de que logo logo vão começar a pipocar os escândalos.”

    Resposta ao Fraga:

    O Alberto Fraga age movido por interesses pessoais: quer se cacifar como líder da oposição, lançando mão de mentiras e calúnias sobre o novo governo e reclama de seus interesses contrariados, em assunto que não pode ficar sem resposta.

    Ele mente a respeito do “escândalo da Fundação Gonçalves Lêdo, que desviou R$ 150 milhões de reais”, querendo me enlamear porque fui Presidente da Fundação Gonçalves Ledo durante 6 (seis) meses, saindo em fevereiro de 2010.  O valor de R$ 150 milhões se refere ao total final previsto para um contrato com duração de cinco anos, e desembolso mensal (o programa foi executado durante dois anos e faltam ainda três anos de execução), para administração do DF DIGITAL, que é a iniciativa de maior sucesso do governo que ele próprio participou e foi auditado e totalmente aprovado por aquele governo, comprovando não haver desvios. Os resultados dos dois anos de execução do programa estão disponíveis para todos verem, basta pesquisar: cerca de 400 mil alunos beneficiados com capacitação na área de informática. Além do Fraga fazer questão de desconhecer tudo o que foi feito de positivo, mente descaradamente quando declara que houve desvio até do dinheiro que ainda não foi  desembolsado pelo governo, ou seja, do que ainda nem existe. Parece que a intenção é criar fumaça e desviar a atenção dos seus escândalos, como o do DF-Trans, vinculado à sua Secretaria, porque estes são aparentemente verdadeiros.

    Além de se atrapalhar com os números ele também se atrapalha com os conceitos. Quando ele diz que o governo “colocou a raposa para tomar conta do galinheiro”, na realidade ele quer dizer que o governo colocou um caçador para afastar as raposas do galinheiro. Explico melhor: o Fraga foi Presidente da Comissão Técnica que aprovou um projeto de R$ 350 milhões para construção de 4.224 garagens subterrâneas que estava com Edital de licitação pública lançada em 20.12.2010, pelo governo passado para ser efetivada no dia 22 de fevereiro deste ano.  Esta licitação estava aparentemente dirigida, pois continha várias cláusulas questionáveis que excluiriam participantes.  A farra com os recursos públicos, apoiada pelo Fraga, incluía o fornecimento dos terrenos, possível pagamento pelo governo de 70% das obras, cessão adicional gratuita de 6.350 vagas de superfície para que a empresa vencedora pudesse cobrar mais de R$ 2,00 por hora da população durante 35 anos e, ufa!, possibilidade de ajuda de cerca de R$ 10 milhões anuais do governo durante aqueles 35 anos para ajudar na manutenção das garagens subterrâneas, embora houvesse cobrança dos usuários de um valor abusivo acima de R$ 4 reais por hora, por vaga, sem direito a desconto proporcional por minuto.  Achou pouco?  O governo se comprometeria a multar os usuários de superfície que não pagassem à empresa vencedora e estava previsto que caso o governo fosse tolerante com estacionamentos proibidos em calçadas ou outros lugares, poderia sofrer cobrança de indenização, pela empresa vencedora,  por tirar clientes das vagas subterrâneas.

    O Fraga foi Presidente da Comissão Técnica que aprovou e legitimou esta bomba colocada no colo deste governo para explodir, caso não fossemos rápido na identificação das impropriedades. Simbolicamente, a bomba estouraria na Codeplan, sintomaticamente com a imagem bastante desgastada e cuja Diretoria tomaria posse apenas em 18 de janeiro de 2011. Para frustação das espertas raposas, este governo foi muito rápido e cancelou totalmente a licitação, impedindo que fossem gerados direitos adquiridos.  Confesso que tive participação nesta ação de cancelamento, provocando a fúria do Fraga. Esta fúria já era esperada, pois tinham me alertado a respeito da agressividade dos interesses contrariados.

    Conclusão:  O escândalo já pipocou. O Fraga era a raposa e eu sou o caçador.

    Manoel Tavares

    Diretor da Codeplan

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    Deve ler