O Projeto de Lei (PL) protocolado pelo deputado distrital Pastor Daniel de Castro na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) representa um marco importante na defesa e proteção das mulheres, visando proibir a divulgação de cenas de violência contra elas.
O parlamentar destaca a importância do projeto: “É essencial preservar a dignidade das mulheres e evitar a dramatização excessiva de casos de violência. Esta iniciativa surge da necessidade de reconsiderar a abordagem dos meios de comunicação sobre a violência contra as mulheres, impedindo sua propagação em diversas mídias, incluindo televisão, rádio, internet, redes sociais e aplicativos de mensagens.”
Pastor Daniel de Castro, um ativo defensor dos direitos das mulheres, reconhece que a representação dessas violências pode contribuir para a perpetuação e normalização da cultura de violência.
Conforme o Artigo 2º do projeto de lei protocolado, o não cumprimento da normativa resultará em multas estipuladas pelo Poder Executivo:
I – variando de um a dez salários mínimos para pessoas físicas;
II – de dez a cem salários mínimos para entidades jurídicas.
§ 1º As multas recolhidas serão destinadas ao Fundo dos Direitos da Mulher.
§ 2º As penalidades definidas não excluem outras sanções legais aplicáveis.
É importante destacar que a proposta não estabelece uma relação direta entre a cobertura da mídia e a ocorrência de crimes, mas sim destaca como a narrativa midiática pode influenciar a percepção social e as atitudes em relação à violência de gênero.
O projeto observa que a cobertura intensiva desses eventos frequentemente glorifica o agressor, conferindo-lhe uma notoriedade indesejada. O objetivo é não limitar a liberdade de imprensa, mas incentivar uma abordagem mais ética e responsável ao divulgar situações de violência.
O deputado ressalta a importância de não apenas evidenciar as vítimas em casos de violência contra a mulher, mas também de expor os agressores. Ele enfatiza que, frequentemente, apenas as agredidas são mostradas, enquanto os agressores permanecem ocultos. Ele defende a necessidade de trazer à luz a identidade dos agressores para enfrentar efetivamente o problema.
O PL sublinha que, ao desestimular a disseminação de imagens e narrativas que romantizam ou justificam a violência, este representa um avanço importante para a formação de uma sociedade mais justa e ciente de sua responsabilidade na erradicação da violência contra a mulher.
*“Mulher Não se Cale”*
O Parlamentar tem se destacado na defesa de seu mandato contra a violência direcionada às mulheres. Recentemente, ele alocou R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) em emendas para o projeto “Mulher, Não Se Cale”, uma iniciativa promovida pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal.
Esta campanha faz parte das estratégias do Governo do Distrito Federal (GDF) para enfrentar uma das mais graves violações dos direitos humanos, impactando milhares de mulheres a cada ano. Segundo a Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar contra a mulher, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, pode causar danos profundos à saúde e à dignidade das vítimas, podendo, nos casos mais graves, resultar em morte.