ELEIÇÕES 2010 – DISTRITO FEDERAL |
DEM atiça polarização entre Agnelo e Roriz |
A desistência do DEM de lançar candidatura-solo era o elemento que faltava para confirmar a principal característica do cenário eleitoral deste ano: a cidade volta a se dividir entre o azul de Joaquim Roriz (PSC) e o vermelho do PT, representado nesta disputa por Agnelo Queiroz. No último dia para as definições sobre alianças partidárias, o Democratas saiu de cena. O partido estava isolado e corria o risco de ter dificuldade para reeleger deputados distritais. Com a pressão dos parlamentares, Alberto Fraga declinou da disputa ao governo. E ganhou a vaga ao Senado na coligação de Roriz. Até o último dia permitido pela legislação eleitoral para as composições partidárias, Fraga manteve a disposição de se candidatar ao Palácio do Buriti. Era tido tanto por Agnelo quanto por Roriz como uma ameaça. Não porque tivesse envergadura para ganhar a disputa, mas porque sua participação tinha potencial para encaminhar a eleição a um segundo turno. Nesse caso, assumiria papel de protagonista no desfecho da competição. A estratégia, no entanto, poderia significar o sacrifício político de, pelo menos, três distritais que fazem planos de reeleição na Câmara Legislativa. Sem estar inseridos numa coligação, Eliana Pedrosa, Raad Massouh e Paulo Roriz poderiam perder nas urnas. Foi com base nessa conclusão que os parlamentares pressionaram para a retirada de chapa própria. E conseguiram. Os deputados contaram com o apoio do senador Adelmir Santana, que desejava abraçar a candidatura de Roriz. Ao lado do ex-governador, Adelmir imaginava ter chances de estender nas urnas o mandato que hoje ocupa na condição de suplente. Ele é o substituto do ex-senador Paulo Octávio, que em 2007 renunciou ao cargo para assumir a vice-governadoria do DF. Informações do Correio Braziliense. |