A alíquota de IPI para concentrados de refrigerantes da Zona Franca estava em 10% até dezembro de 2019 e caiu para 4% em janeiro deste ano, por força de decreto assinado em 2018 pelo então presidente Michel Temer. Após a bancada do Amazonas arquitetar lobby em nome da Coca-Cola e Ambev e pressionar o governo federal, Bolsonaro prometeu um novo decreto, com redução de dois pontos percentuais por ano. Em 2020, conforme ele sinalizou, seria de 8%; em 2021, 6%; e, em 2022, último ano do mandato dele, cairia para 4%, no mesmo índice que vigora atualmente.
O novo decreto, contudo, ainda não foi publicado. Por isso, deputados e senadores do Amazonas pressionam para que seja mantido o percentual previsto para este ano, sem diminuições futuras.
Caixa 2 e compra de votos
Lima, que é um dos defensores da Zona Franca de Manaus, já foi investigado, cerca de 10 meses após a eleição para o governo do Amazonas, por suposto caixa 2 e compra de votos. A denúncia, cuja parte está reproduzida no jornal Fato Amazônico, foi feita por Vitor Alves Silva e registrada no MPF (Ministério Público Federal), em agosto do ano passado.
Silva relatou que, durante o processo eleitoral, teria atuado como um dos coordenadores de campanha de Lima. De acordo com o denunciante, até o final das eleições, 484 pessoas atuaram na campanha com contrato assinado, embora, assim como ele, nenhum integrante do grupo recebeu cópia do documento. Ele declarou, também, que esperou sete meses para denunciar o governador por medo de morrer e de represália e que, até tomar a decisão de procurar o MPF, sofreu toda sorte de ameaça.
“Fui ameaçado de morte por grandes autoridades do Estado. Grandes autoridades do Estado mexeram com a minha integridade física, tiraram o meu emprego e o meu sustento”, afirmou o denunciante, em depoimento gravado em vídeo. Ele disse, ainda, que a denúncia levada ao MPF foi sustentada em farta documentação.
Acusação de estupro
Em 2018, o portal Amazonas1 divulgou uma polêmica envolvendo Ana Sara Oliveira da Silva, na época com 21 anos, e o ainda candidato ao governo do Amazonas Wilson Lima. Durante uma entrevista a um portal de notícias local, a garota revelou que, quando tinha 14 anos, manteve um relacionamento com Wilson Lima, que a buscava em seu carro, um Gol Preto, quatro portas, na casa do pai dela, para eles irem a um motel. Ela também afirmou que chegou a ir com Wilson até sua residência.
O caso envolvendo os dois ficou conhecido após a revista VEJA, de circulação nacional, publicar uma nota informando que Lima registrou, dois anos após um encontro com a jovem, um boletim de ocorrência na polícia, acusando-a de assédio. Ele afirmava que a conheceu durante um jantar organizado pela produção do seu programa, o Alô Amazonas, da TV A Crítica, em 2012, através de um quadro para o encontro com fãs. Segundo ele, após a iniciativa, ela havia publicado uma foto dos dois nas redes sociais afirmando ser esposa de Lima.
De acordo com a jovem e a sua mãe, Leila Oliveira, que na época da denúncia tinha 39 anos, além das ameaças, Lima obrigou então a menor de idade a fornecer seus dados pessoais para que ele excluísse seu perfil no Facebook.