Em 2006, Ricardo Lewandowski foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Grato ao petista, o ministro Lewandowski simplesmente determinou a exclusão de do deputado estadual Wendel Lagartixa (PL) do rol dos eleitos, impedindo assim a diplomação do parlamentar mais votado do Rio Grande do Norte.
A decisão monocrática foi proferida nesta sexta-feira (16), a três dias da diplomação dos candidatos vencedores do pleito de 2022 no estado. No entendimento de alguns juristas, com o novo cálculo que será feito, a vaga que seria de Lagartixa deverá ficar para Ubaldo Fernandes (PSDB), tendo em vista que o primeiro suplente do PL não atingiu 20% do quociente eleitoral.

A decisão monocrática do Ministro Ricardo Lewandowski determinando que Wendel Lagartixa (PL) não seja diplomado deputado estadual, não quer dizer que o processo está encerrado.
A defesa de Lagartixa vai recorrer ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entrará em recesso nos próximos dias, e, ao retornar em fevereiro 2023, Lewandowski já estará até aposentado do cargo de ministro. E caberá ao plenário a decisão final.
Pablo Marçal
É bom relembrar que em pleno domingo, exatamente no dia 30 de outubro, o ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indeferiu a eleição de Pablo Marçal (Pros) para deputado federal por São Paulo. O coach e empresário, que estava com a candidatura sob judice, havia sido considerado eleito em 14 de outubro após retotalização dos votos. No entanto, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) foi revogada pelo TSE.
Ao indeferir a eleição de Marçal, o ministro favoreceu o conhecido petista Paulo Teixeira, fiel defensor de Lula.
Quando Marçal foi considerado eleito, Paulo Teixeira (PT) havia perdido a cadeira, passando a ser suplente. Com a decisão de Lewandowski, o petista está reeleito, para alegria de Lula e seus companheiros.
O jogo é bruto e desleal.