Para a Feaduaneiros, uma boa formação alinhada a boas experiências na área são a chave para o sucesso profissional
No comércio internacional, os despachantes aduaneiros são essenciais para manter o fluxo nos processos de importações e exportações. Todavia, para executar essa função é necessário ter uma boa formação, compreender não apenas as legislações alfandegárias, mas também estar por dentro das novas práticas e tecnologias do setor.
Apesar de não ser obrigatório ter uma formação superior para trabalhar na área, as empresas de comércio exterior dão preferência para aqueles profissionais que possuem graduação acadêmica, pois lidam com diversos processos de alta complexidade.
O presidente da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros), José Carlos Raposo, afirma que cada formação tem sua importância. “O despachante cuida das liberações e aplicação da legislação que envolve cada processo e seu regime aduaneiro. Além de sua experiência, o profissional tem que entender um pouco de Contabilidade, Comércio Exterior e Direito”, afirma.
Além dos cursos superiores nas áreas de Comércio Exterior, Logística, Administração, Direito e Relações Internacionais, que fornecem conhecimentos básicos sobre comércio internacional, operações aduaneiras e logística, também existe a possibilidade de fazer um curso técnico, cuja duração é menor e o foco mais direcionado em capacitar o estudante de forma prática e objetiva.
No entanto, para aqueles que já possuem um curso superior, há a opção de especialização, como uma pós-graduação específica na área, como Direito Aduaneiro. Para além da formação, o presidente da Feaduaneiros explica que o mais importante é estar sempre atualizado. “É fundamental participar de cursos e acompanhar as mudanças nas legislações dos diversos órgãos gestores que fazem parte do universo do comércio exterior, para estar sempre por dentro das novidades do setor”, pontua.
Nas atividades diárias da profissão, um despachante aduaneiro lida diretamente com o mercado internacional através das importações e exportações. Sendo assim, para compreender e atuar nestes processos é fundamental possuir fluência em pelo menos um idioma, principalmente o inglês que é amplamente utilizado internacionalmente. Portanto, um curso de língua estrangeira não somente facilita a interação com clientes, fornecedores e agentes envolvidos, como permite compreender os documentos utilizados nos processos aduaneiros, seus termos técnicos internacionais e as condições nas quais as mercadorias são negociadas, o que interfere diretamente para o bom andamento e cumprimento dos trâmites aduaneiros internos e de outros países.
“É importante que o profissional tenha ciência da qualidade desses cursos, pois ultimamente existe uma indústria de cursos. Quanto mais idiomas um profissional dominar, mais irá facilitar a comunicação e sua atuação eficiente, porém, acredito que a atualização constante do profissional é extremamente relevante”, finaliza o presidente.