Segundo investigações feitas pela Policia Federal a partir da deflagração da Operação Caixa de Pandora, dos 24 deputados distritais, cerca de 19 estariam envolvidos. Com este resultado, apenas os deputados Chico Leite (PT), Érica Kokay (PT), Reguffe (PDT), Jaqueline Roriz (PMN) e Paulo Tadeu (PT) ficariam de fora, porque não tiveram seus nomes citados por Durval Barbosa em seu depoimento, não aparecem em gravações nem em anotações encontradas. Até mesmo suplentes são citados nas investigações. E ainda tem o tal do livro caixa encontrado na casa do ainda conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia, que revela muitos nomes acompanhados de números, muitos números.
PANORAMA: Por outro lado, existem fatos interessantes: a deputada Jaqueline Roriz rompeu com o governo Arruda há muito tempo, e os deputados petistas, durante as denúncias do Mensalão do PT, simplesmente se calaram. Já o deputado Reguffe (PDT), sempre manteve uma postura combativa diante do governo do DEM no DF. Sua candidatura ao GDF tende a crescer, assim como a de Jaqueline para deputada federal. Enquanto isso, os políticos de Brasília ainda estão perplexos com a notícia veiculada de que o deputado Agnelo Queiroz teve acesso aos vídeos de Durval e nada fez. Ele assistiu aos videos no gabinete de Durval em julho de 2009. Sua omissão lhe custará a candidatura ao GDF. Paulo Octávio não será candidato a nenhum cargo. Parece que a ficha caiu graças à sua esposa. Enquanto isso, longe de cargos e holofotes, o ex-governador Joaquim Roriz assiste a tudo e continua muito à frente de seus adversários nas pesquisas de opinião para governador do DF. Pelo visto, faltarão candidatos na disputa eleitoral deste ano. Partidos já pensam em lançar o nome de Cristovam Buarque ao GDF. E uma frase tem sido dita por experientes políticos na cidade nos últimos meses é: “quem planta, colhe. E se for arruda então…” E ainda tem o Durval Barbosa, que deseja ir à CPI da Codeplan mas somente se for para participar de uma acareação com Arruda e Paulo Octávio. Ou seja: não vai acontecer. Às vezes dá a impressão de que Arruda acredita tanto em sua honestidade, que acaba acreditando que tudo o que está acontecendo é simplesmente armação de advesários. Quem armou tudo isso foi ele próprio, quando se elegeu deputado federal (com a ajuda de Roriz), voltou a ser arrogante e prepotente e achou que poderia superar seu mestre. Em matéria de escândalo, superou muito! Aliás, naquele vídeo em que Arruda aparece conversando com Durval, há um momento em que ele pega o celular e diz: “fala governador Roriz!!”. Mas existe a notícia de que ele teria blefado para impressionar Durval. A simples quebra do sigilo telefônico poderá esclarecer de vez esta situação. A dúvida existe porque Arruda não tinha o hábito de falar com o ex-governador assim. Ao falar com Roriz ao telefone, ele usava outros termos, como “sim, governador”, “pois não, governador”e “pode dizer, chefe”.