Deu na Folha de S. Paulo
Crise no MP leva a saída de subprocuradora
Elizeta Ramos, que coordenava distribuição de processos na Procuradoria, denuncia “inércia” e critica instituição
Procuradores criticam sistema proposto por Elizeta, que acabou com divisão manual de casos e “pareceres-padrão”
Felipe Seligman
A cúpula do Ministério Público Federal viveu uma crise, nas últimas semanas, que levou à renúncia de uma subprocuradora da coordenadoria de distribuição de processos que chegam do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Elizeta Maria de Paiva Ramos deixou o cargo após duras críticas a colegas e ao funcionamento da instituição.
Em seu discurso de renúncia, disse que o sistema de distribuição usado quando assumiu a função permitia “manipulação e controle político do processo”.
Sem citar nomes, ela também deu a entender que colegas não cumprem suas obrigações no órgão.
Segundo a subprocuradora, é “público e notório que aqui nessa Casa [a Procuradoria-Geral da República] poucos têm sido cobrados por sua inércia, por faltarem aos deveres funcionais. Ao contrário, são cobrados aqueles que procuram fazer alguma coisa”.
A Folha procurou a subprocuradora, que, por meio da assessoria de imprensa, afirmou ter renunciado “por motivos pessoais”.
Confirmou, porém, que uma das razões foi desavenças com colegas da Procuradoria. Até a conclusão desta edição, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não se manifestou.
Assinante do jornal leia mais em Crise no Ministério Público leva a saída de subprocuradora