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    C​onsumo aparente de bens industriais tem alta de 3,5% em dezembro

     

    Indicador Ipea registra recuo de 1,7% no último trimestre de 2022

     

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou, nesta sexta-feira (17/2), o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, que avançou 3,5% em dezembro de 2022, na comparação com o mês de novembro. Com esse resultado, no quarto trimestre de 2022 houve recuo de 1,7% na margem.

     

    O consumo aparente de bens industriais é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Entre os seus componentes, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 2,8% em dezembro e apresentou queda de 1,5% no quarto trimestre de 2022, as importações de bens industriais avançaram 7,4% no mês e recuaram 6,3% no último trimestre do ano passado, conforme a tabela abaixo:

    Consumo aparente de bens industriais versus produção industrial (em %)

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    Fonte: Ipea, IBGE e Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

    Elaboração: Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea.

    Nota: 1 Trimestre terminado no mês de referência da divulgação.

     

     

    A demanda por bens industriais retrocedeu 0,5% entre dezembro de 2022 e o mesmo mês de 2021. Com isso, o último trimestre do ano apresentou uma queda também de 0,5% em relação ao mesmo período de 2021. Enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), registrou um recuo de 0,7% no acumulado de doze meses, a demanda cedeu 0,8% em 2022. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais tiveram alta de 3,7% no ano.

     

    Com relação às grandes categorias econômicas, em dezembro, todos os segmentos tiveram crescimento, com exceção da demanda por bens de consumo duráveis, que apresentou queda de 1%. O destaque positivo ficou por conta do segmento de bens intermediários, que avançou 3,3% sobre o mês de novembro.

     

    Na comparação com dezembro de 2021, os resultados foram heterogêneos e os melhores desempenhos ficaram com os bens de capital e bens de consumo semi e não duráveis – altas de 0,8% e 1,6%, respectivamente. No acumulado em 12 meses, estes dois segmentos também se destacaram, com a demanda por bens de capital registrando alta de 1,5% e bens de consumo semi e não duráveis avançando 0,9% em 2022.

     

    A análise das classes de produção aponta, em dezembro, avanço de 3,2% na demanda interna por bens da indústria de transformação sobre o mês de novembro. A extrativa mineral, por sua vez, cresceu 5,1% na margem, após forte queda no período anterior, quando foi afetada pela alta das exportações de derivados de petróleo. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas encerraram o ano passado com queda de 3,2%.

     

    Quinze dos 22 segmentos da indústria de transformação tiveram desempenho positivo frente a novembro. Entre os que possuem peso relevante, o principal destaque positivo ficou por conta do segmento de “petróleo e derivados”, com alta de 13,2% na margem. Em relação ao quarto trimestre do ano, apenas oito segmentos registraram crescimento na comparação dessazonalizada, em especial o consumo aparente de “outros equipamentos de transporte” e “produtos de metal”, com altas de 5,5% e 3,6%, respectivamente. Em relação ao resultado acumulado em doze meses, oito segmentos encerraram 2022 registrando crescimento, com destaque para outros equipamentos de “transporte” e “petróleo e derivados”, com altas de 17,9% e 8,3%, respectivamente.

     

    Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura

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