Uma coligação de cinco partidos, partidários do governo Agnelo desde seu início, pretende reivindicar agora a vaga de senador em sua chapa. Como nela não devem figurar o atual senador Gim Argello, nem o deputado federal José Antônio Reguffe, o grupo acredita que tem potencial para vitaminar a coligação situacionista. O presidente regional do PTdoB, Paco Britto andou fazendo contas. Somados, os cinco partidos chegaram a 300 mil votos na eleição passada para deputado distrital. Representariam um contraponto a outra cobrança pela vaga de senador, feita pela Frente Cristã, que reúne cinco partidos presididos por evangélicos.
Alternativas claras
Paco Britto evita citar nomes. Mesmo assim, duas alternativas seriam óbvias. O distrital Olair Francisco já se declarou candidato ao Senado, antes mesmo de se formar esse agrupamento. A segunda alternativa seria o também distrital e ex-secretário Alírio Neto (foto). “Nesse momento, os partidos aliados ganham mais espaço e queremos que seja realmente como uma coligação. Vamos mostrar ao PT que somamos muitos votos e que coligação não é imposição. Somos da base e temos esse direito de indicar um candidato ao Senado”, afirma.
Para aumentar o arco de alianças
Se os cinco partidos tiveram bom desempenho para a Câmara Legislativa, representam pouco a nível federal. E é a representação na Câmara dos Deputados que confere tempo de rádio e televisão. Três deles — PEN, PHS e PTC — não contam com deputados federais. O PTdoB de Paco Britto tem três e o PRP, dois. Mas os dirigentes da aliança esperam aumentá-la. Estão negociando com o PSL e com o PSD do ex-governador Rogério Rosso. Não dizem, mas contariam ainda com o discreto respaldo do PMDB, a quem não interessa mais uma candidatura, e muito menos um senador, do PT.
Fonte: Eduardo Brito/Do Alto da Torre/Jornal de Brasília