Uma equipe do Conselho Nacional do Ministério Público reuniu-se ontem à tarde com procuradores regionais da República que denunciaram à Justiça o ex-procurador-geral do DF Leonardo Bandarra e a promotora de Justiça Deborah Guerner por cobrança de propina para proteger José Roberto Arruda dentro do MP da capital.
É uma providência tardia, afinal, em junho o conselho, mesmo diante das fortes evidências, apenas abriu processo disciplinar contra Bandarra, mantendo-o à frente da chefia do MP local até o fim do mandato, que terminou um mês depois.
Acusada na Justiça, a dupla tem mais chances de ser condenada pelo CNMP à pena máxima da carreira no processo disciplinar: a aposentadoria compulsória. Disse um integrante da associação de procuradores sobre a situação do colegiado:
– O conselho errou lá atrás em não ter afastado o Bandarra lá atrás. Vai ficar marcado pelo corporativismo.
Por Lauro Jardim