Novo Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), traz informações sobre níveis dos rios
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Apesar dos níveis dos rios da Bacia Amazônica terem começado a se estabilizar em algumas estações, as cotas ainda continuam muito baixas para o período. É o que mostram os dados apresentados no 47º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas. O documento foi divulgado nesta sexta-feira (3) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
De acordo com a pesquisadora em geociências do SGB Jussara Cury, um dos fatores que afetam o processo de recuperação dos rios, de forma mais consistente, são as chuvas abaixo da média, principalmente no Alto Solimões, no município de Tabatinga (AM); e no Alto Rio Negro, em Barcelos (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tapuruquara (AM).
“A estabilidade dos níveis depende da permanência das subidas nas regiões de Alto Solimões e Alto Rio Negro, além do retorno do período de chuvas na bacia como um todo. No momento, rios nessas duas cabeceiras importantes (Alto Solimões e Negro) estão em processo de descida. Isso pode indicar que essa fase de estabilidade no Rio Negro em Manaus pode continuar nas próximas semanas, com subidas menores e oscilações”, explica Jussara Cury.
No entanto, a pesquisadora ressalta que as oscilações são normais nesse período de fim de vazante: “Há subidas e descidas até o rio voltar a recuperar seu nível e voltar a subir porque a elevação de nível do rio depende principalmente do retorno do período de chuvas”, destaca. O período chuvoso na região está previsto para meados de novembro.
Níveis dos rios
Segundo o boletim, em São Gabriel da Cachoeira (AM) houve redução de 14 cm no nível do Rio Negro, entre quinta (2) e sexta-feira (3). A cota registrada foi de 5,54 metros. Já em Barcelos (AM), houve aumento de 3 cm e atingiu a marca de 2,12 metros. Em Manaus, o Negro subiu 6 centímetros em média, diariamente, e chegou à marca de 13,14 metros.
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Em Tabatinga, o Solimões voltou a descer, com recessão média diária de 6 centímetros e ficou em 89 centímetros. “Isso não quer dizer que a vazante vai voltar; é um processo normal dessa fase de estabilidade do nível do rio, devido ao fato de a precipitação ainda não ter se consolidado na região”, observa Jussara. Na estação de Manacapuru, o rio manteve processo de recuperação e chegou à cota de 3,56 metros.
O Boletim indica também que, na cidade de Rio Branco (AC), o Rio Acre teve descidas médias de 4 centímetros por dia e está na cota de 1,42 metro. Em Porto Velho (RR), o Rio Madeira teve oscilações e chegou a 1,21 metro.
O Rio Amazonas teve recuperação em Itacoatiara (AM) e atingiu a cota de 71 centímetros. Nas estações de Parintins (AM) e Almeirim (PA), houve certa estabilidade, e as marcas foram de: -1,93 m e 1,94 m, respectivamente. Em Óbidos (PA), o nível desceu e atingiu a marca de -66 cm.