Depois de cortejar os novatos na Câmara, candidatos mais cotados apostam nos deputados que vão trair a orientação de seus partidos no voto secreto
Na disputa voto a voto pela presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e Arlindo Chinaglia (PT) apostam em vitória neste domingo. Mas o governo Dilma Rousseff já perdeu.
A briga foi grande, vai se arrastar pela madrugada e por todo o domingo e não há ainda indícios de que acabará bem para o Palácio do Planalto…
Neste sábado, os dois principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT) e Eduardo Cunha (PMDB), ambos governistas por filiação partidária, mas antagônicos na cena política, usaram seus trunfos em busca de votos. Foram dezenas de reuniões, cafés, eventos para recepcionar os 198 deputados novatos em Brasília – e até um chá da tarde para as esposas na capital federal. Deputados ouviram ofertas de cargos na máquina pública, no caso do petista, ou o comando de comissões, no caso do rival, e coincidentemente as mesmas promessas corporativistas de aumento de salário e das verbas de gabinete – ou pelo menos de um gabinete mais espaçoso no ano que vem.
Fonte: Por Silvio Navarro e Marcela Mattos, de Brasília, VEJA online
