Um dia a casa cai
A Operação Caixa de Pandora, que explodiu no dia 27 de novembro de 2009, ainda ouve testemunhas na Justiça de primeira instância no DF, mas um dia a casa cai para a maioria dos acusados. …
Hoje, estamos acostumados com o ritmo da Operação Lava-Jato, conduzida pelo juiz federal Sérgio Moro, mas o Tribunal de Justiça do DF tem outro ritmo.
Na última sexta-feira, 6/5, na 7ª Vara Criminal do DF, houve o depoimento de Durval Rodrigues Barbosa em mais um processo derivado da operação Caixa de Pandora, episódio também conhecido como Mensalão do DEM.
São réus neste processo: José Roberto Arruda, Paulo Octávio; José Geraldo Maciel; Marcelo Carvalho de Oliveira; Ricardo Pinheiro Penna; Roberto Eduardo Ventura Giffoni e Gilberto Batista de Lucena.
Durval é o principal acusador nesses processos, beneficiado pelo instrumento da delação premiada. Foi ele que realizou, durante anos, dezenas de gravações comprometedoras, que resultaram na prisão e destituição do governador José Roberto Arruda em 2010.
Os acusados respondem por crimes contra a administração pública decorrente da cobrança de propina de empresas contratadas pelo GDF, no então governo Arruda.
O processo em questão apura a atuação no esquema da empresa Linknet Tecnologia, administrada pelo réu Gilberto Batista Lucena, bem como da destinação do volumoso montante supostamente pago por ela a título de propina.
Segundo o delator, a cobrança do “pedágio” era realizada sistematicamente em contratos de emergência e em faturas de “reconhecimento de dívida”.
Quase todos os serviços prestados pelas empresas participantes do conluio eram superfaturados, já prevendo o pagamento do percentual de 10% para o esquema.