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    CADA VOTO AO PDOT TERIA CUSTADO R$ 420 MIL

    Deu no Correio Braziliense:
    Ana Maria Campos e Luciano Pires
    Mais uma vez, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) é citado como parte de um suposto esquema de propina. Em depoimento prestado em 9 de dezembro, Durval Barbosa declarou ter tomado conhecimento, dias antes da aprovação do projeto na Câmara Legislativa, de que cada deputado distrital da base governista recebeu R$ 420 mil pelo voto. O relato teria sido feito a Durval pelo então chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel.Em primeiro turno, o Pdot foi aprovado com o voto favorável dos 19 deputados da base. Apenas os cinco distritais da oposição foram contrários. Em segundo turno, 18 governistas mantiveram a posição. Segundo Durval, Maciel afirmou nesta mesma conversa que o governador Arruda esperava arrecadar R$ 60 milhões com pessoas físicas e jurídicas beneficiadas com a aprovação do Pdot, o plano que tratou de mudanças de destinação de áreas e definiu novas regiões de adensamento populacional e de desenvolvimento econômico. Ainda segundo a versão de Durval, o resultado dessa suposta arrecadação teria sido “decepcionante”, já que o montante juntado teria sido de um terço do valor estimado, ou seja, R$ 20 milhões. O Correio não localizou José Geraldo Maciel. Ele não tem dado declarações.Passe livreO Ministério Público do DF também vai investigar a suposta venda de votos para aprovar uma emenda e depois derrubar o veto do governador Arruda à emenda que criava um subsídio de R$ 8 milhões para empresas do ramo de transportes urbanos no projeto que trata do passe livre para estudantes. O ex-senador Valmir Amaral (PTB), empresário do setor, prestou depoimento a promotores em que reafirmou a denúncia feita há duas semanas na Câmara Legislativa. A informação é de que o presidente licenciado da Câmara, Leonardo Prudente (DEM), e os deputados Benício Tavares e Eurides Brito, do PMDB, teriam cobrado R$ 1,6 milhão.O secretário de Transportes, Alberto Fraga, confirmou ao Correio ter ouvido relatos de empresários do setor sobre a cobrança de propina dos três distritais. “Disse a eles que pagaram à toa porque o GDF não pagaria o subsídio”, disse Fraga. Os três deputados citados negam a acusação. Eurides disse que pretende ajuizar uma ação por danos morais contra Amaral.

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