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    BRB – AINDA NO GOVERNO ARRUDA, SINDICATO DOS BANCÁRIOS COBROU EXPLICAÇÕES

    Compra de títulos FCVS pelo BRB é bem diferente do caso do Panamericano

    Em novembro de 2009, dias antes da abertura da Caixa de Pandora, o BRB adquiriu títulos do FCVS no valor de face de aproximadamente R$ 115 milhões. Antes que a negociação se consumasse, o Sindicato denunciou sua realização, com um ato público no dia 1º de dezembro. O Sindicato também cobrou, de pronto, reunião com a diretoria do banco, que aconteceu no dia 04 e 07 de dezembro do mesmo ano. À época, o banco era presidido por Ricardo de Barros Vieira.

    Considerando insuficientes as explicações dadas pela diretoria do BRB, o Sindicato enviou pedidos formais de investigação a várias autoridades competentes. Também consultou técnicos internos e externos ao banco, a fim de verificar o procedimento, cujas análises reiteraram as suspeitas. Como os títulos FCVS são de pouca liquidez no mercado financeiro, é estranha a compra dos mesmos, ainda mais no volume e condições dadas.

    Leia aqui o fac-símile do ofício enviado pelo Sindicato ao Tribunal de Contas do DF e outras autoridades públicas.

    Durante o período eleitoral, o Sindicato entregou em mãos ao governador eleito Agnelo Queiroz (PT) um programa de princípios de gestão do banco, do qual consta a averiguação de todos os contratos e operações suspeitas realizadas pelas gestões anteriores. Essas recomendações também foram feitas anteriormente à nova diretoria do banco, Nilban de Melo Júnior, que assumiu o controle da instituição em meados de 2010.

    Em sua edição desta semana, uma revista nacional de grande circulação trouxe, em matéria assinada, informações sobre a compra de títulos FCVS realizada pelo BRB. As informações repercutiram em vários outros veículos. Entendemos que as informações procedem, salvo a comparação feita com o Banco Panamericano. Neste último, houve fraudes montadas em balanços contábeis, caso muito diferente da compra dos títulos FCVS pelo BRB.

    “A compra dos títulos FCVS se revela como uma má operação, que indica perdas ou diminuição de ganhos, mas está longe de abalar o patrimônio e a liquidez do BRB. É preciso apurar os fortes indícios de que a operação foi fruto de desvio de conduta dos dirigentes do banco sob o governo Arruda”, afirma André Nepomuceno, secretário geral do Sindicato e bancário do BRB. 

    “Atentos ao desenrolar dos fatos, estamos reforçando as providências para o aprofundamento das investigações, até a apuração completa do caso e a responsabilização dos culpados. Na nossa opinião, não cabe tecer comparações entre o BRB e o Panamericano, pois são problemas de naturezas diversas e com impactos muito diferentes. O Banco de Brasília tem grande solidez, apesar de desvio cometido por dirigentes que não honram a instituição e seus funcionários”, completa André. 

    André Shalders
    Do Seeb Brasília

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    Deve ler

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