Ele tenta se segurar no cargo. O procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, deu entrada ontem em um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal), com pedido de liminar, contra o colegiado que o investiga.
Ele responde a sindicância no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) por indícios de que teria recebido propina para fazer vista grossa a contratos fraudulentos firmados na gestão do ex-governador, José Roberto Arruda. Hoje, Bandarra deveria apresentar sua defesa aos conselheiros.
Ontem, a pedido do corregedor do colegiado, o conselheiro Maurício Albuquerque do CNMP cassou ato de Bandarra que instaurava uma junta médica para avaliar a “saúde mental” de Deborah Guerner, promotora do MPDF. Conselheiros ouvidos pela Folha avaliaram que Bandarra, com a criação da junta médica, poderia comprometer as apurações que correm contra ele. A avaliação da sanidade da promotora tinha como fim um pedido de aposentaria por invalidez.
A suspensão do ato aumentou a expectativa de que o Conselho afaste o procurador-geral. Segundo Durval, Bandarra atuaria ao lado de Deborah Guerner para favorecer Arruda. Ela também é alvo de apuração.
O relator do mandado de segurança é o ministro Gilmar Mendes. Segundo a assessoria do STF, ele já trabalha na avaliação do pedido.
A situação de Bandarra é crítica.