Não se iludam: o ex-governador José Roberto Arruda continua com elevado domínio da crise política. Ele tem maioria na Câmara Legislativa, mantém um governador da sua inteiríssima confiança (Wilson Lima), que pode ganhar a eleição indireta, e domina os demais envolvidos na Operação Caixa de Pandora.
A orientação é não falar. Por isso, o ex-vice Paulo Octávio apresentou-se na quinta-feira à Polícia Federal para depor – e ficou mudo.
Hoje de manhã, o ex-secretário Weligton Moraes, mesmo preso na Papuda, não falou à Polícia Federal.
E o próprio Arruda criou a expectativa de que poderia dar esclarecimentos à PF, mas alegou que não conhece as acusações e por isso não pôde falar.
Já se passaram quatro meses desde que a Residência de Águas Claras foi invadida pela Polícia Federal. Desde então, a CPI da Corrupção não conseguiu ouvir ninguém.
Nesse tempo todo, a Polícia Federal recebeu “não” de um bando de gente, muitos deles com habeas corpus do Supremo Tribunal Federal para poder não falar.
Tudo isso indica que a intervenção federal poderá mesmo acontecer no DF. A gota d’água vai ser a informação de que os distritais Eurides Brito e Geraldo Naves poderão votar para escolher o futuro governador. Aí é demais!
Fonte: blog do Riella