O governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), permaneceu calado durante o depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na tarde desta segunda-feira.
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Arruda, detido desde 11 de fevereiro |
“Não tivemos acesso amplo aos autos, nem tempo necessário para orientar nosso cliente. Por isso fomos duros em recomendar que ele não prestasse depoimento hoje, embora tivesse a intenção”, justificou o advogado Nélio Machado.
A defesa apresentou uma petição, assinada pelo ex-governador, onde apresentaram os motivos para ele não depor até que seja dada à defesa o amplo conhecimento dos autos do inquérito.
“A Justiça, a Polícia e o Ministério Público mostraram uma pressa, um afogadilho, uma presteza que não tiveram antes. Não vamos aceitar prejulgamentos, nem punições antecipadas”, afirmou o advogado.
Oito calados
Dos 11 depoimentos agendados pela Polícia Federal para esta segunda-feira sobre a Operação Caixa de Pandora, apenas três investigados falaram com o delegado federal Alfredo Junqueira, responsável pelo caso.
Segundo a Polícia Federal, responderam às perguntas do delegado o ex-secretário de Educação do Distrito Federal, José Luiz Valente, o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente e o empresário Alcyr Collaço.
Além de Arruda, permaneceram calados durante o depoimento o ex-secretário de Comunicação Weligton Moraes, o ex-subsecretário de Justiça e Cidadania Luiz França, o ex-assessor da Secretaria de Educação Gibrail Gebrim e Marcelo Carvalho, diretor do grupo empresarial do ex-vice-governador Paulo Octávio (sem partido).
O ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel e o ex-assessor de imprensa Omézio Pontes já haviam protocolado pedido na PF para ficarem calados. A PF não informou sobre o depoimento do empresário José Abdon.
Os depoimentos continuam nesta terça-feira, mas a PF não divulgou a lista de quem será ouvido.
Ig * com informações da Agência Estado e Agência Brasil