O ex-governador Arruda não é cachorro morto. É cachorro disfarçado de morto. Ele está articulando sem parar para fazer o governador-tampão que a Câmara Legislativa sonha em eleger, com mandato até 31 de dezembro.
Não subestimem Arruda. Ele tem poder de fogo para garantir 13 dos 24 votos dos distritais. Se der certo seu plano, o escolhido é o ex-secretário de Transportes, deputado-coronel Alberto Fraga, o único que teve a coragem de visitar Arruda diversas vezes, batendo boca com o DEM e atacando Polícia Federal, Ministério Público e Justiça.
Arruda aceita que fique Wilson Lima, o interino, que pode ser efetivado no cargo. Mas não deixará que se eleja alguém com papel de interventor, para abrir todas as caixas-pretas. Esta é a luta, que só pode ser interrompida se o Supremo Tribunal Federal fizer o que muitos temem, com a decretação da intervenção em Brasília, inclusive suspendendo temporariamente as atividades da Câmara Legislativa.
Inocentes que pensam ser úteis lançam-se, sonhando em serem escolhidos pelos distritais para governar Brasília.
Um deles é Lindberg Aziz Cury, que tem o nome inscrito na história de Brasília por diversas passagens marcantes, inclusive na luta contra a ditadura, mas será massacrado se realmente tentar ser candidato. Sabem por que? Porque ele foi o suplente do Arruda na época do painel e durante algum tempo ocupou a vaga de senador, de forma tão discreta, que quase ninguém lembra.
Se conseguir ser candidato, a mídia vai lembrar dessa suplência e vai dizer que ele está lutando para ser laranja do Arruda.
Lindberg não merece isso – mas será que vai ouvir algum palpite?
fonte: blog do riella