“Eu errei. Errei por ter visto uma lista e por tentar dizer que não tinha visto”. Esta é a explicação do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), sobre o episódio de violação do painel do Senado, no qual esteve envolvido em 2001, quando era líder do governo FHC na Casa. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, repórter epsecial da Folha Online, durante o programa “É Notícia”, da RedeTV!, Arruda disse que o que o fez mentir foi “SER IGUAL A TODOS OS POLÍTICOS BRASILEIROS”. É inaceitável que a classe política brasileira não faça um ato contra tal declaração. Afinal, se todos os políticos mentem, em que nós poderemos confiar e votar? Acontece porém, um fato curioso: os políticos que falam a verdade são muitos e por isso mesmo não frequentam a mídia (Good news? No news!), enquanto que aqueles que mentem, roubam, enriquecem e sem pudor oprimem a sociedade, são figuras fáceis de se ver nos telejornais, devido aos constantes escândalos em que se envolvem. Para um político que sonha ser vice-presidente do Brasil (caso o DEM o indique para vice do PSDB) faltou, além do bom senso, um cuidado para não ofender aos milhares de políticos brasileiros sérios, honestos, trabalhadores, que não ficam ricos às custas de empreiteiros nem de contratos nebulosos assinados sempre no mês de dezembro, e que vivem com o que ganham e dão exemplo ao país. Existem sim, políticos cumpridores de seus deveres, honestos, corretos em seus mandatos e zelosos com a família e defensores do Brasil. Arruda não deveria tentar rotular a todos os políticos como mentirosos. Muitos votaram nele em 2006, porque achavam que ele havia mudado. Pelo visto, a humildade ficou para trás. Agora, achar que todos os demais mentem como ele, aí não dá pra engolir!