Projeto de lei 133/2019, elaborado pela deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP) foi aprovado ontem (10) pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços ( CDEICS ) da Câmara dos Deputados. O próximo passo é análise do texto na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
De acordo com a proposta, as salas de cinema deverão oferecer recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência, e realizar, semanalmente, sessões sensorial adaptadas para quem tem Transtorno do Espectro Autista.
Renata comemorou a aprovação do projeto. “A demanda por essas sessões é enorme e sinaliza que, sem qualquer prejuízo para o exibidor, é possível estender a iniciativa para todos os espaços de exibição cinematográfica, de modo a tornar possível a experiência do cinema às pessoas com TEA e que estejam na companhia de familiares, amigos ou parceiros.”
No Brasil, estima-se haver dois milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). São mais de 300 mil só no Estado de São Paulo. E no mundo, 70 milhões.
Dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, revelam que há um caso de autismo a cada 110 pessoas no mundo.
SESSÃO AZUL
Criado pelas psicólogas Carolina Salviano e Bruna Manta e pelo gerente de projetos de tecnologia da informação Leonardo Cardoso, o projeto Sessão Azul tem levado milhares de crianças autistas ao cinema. Nas sessões adaptadas, o ambiente permanece com algumas luzes acesas, o som é mais baixo, não são exibidos trailers nem propagandas na telona e a plateia é livre para andar, dançar, gritar ou cantar à vontade. |