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    Agosto Dourado começa chamando a atenção para a importância do incentivo à amamentação

    Abertura oficial da Semana Mundial do Aleitamento Materno ocorreu nesta segunda em evento online

    JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF

    Agosto Dourado chegou e com ele vem o amplo debate sobre a importância da amamentação para a saúde e desenvolvimento da criança. Nesta segunda-feira (2) ocorreu a abertura oficial da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2021. O evento foi online, transmitido através do Youtube do Amamenta Brasília e contou com a palestra “Proteger a Amamentação: Uma Responsabilidade de Todos”, tendo em vista que este é o tema da semana mundial.

    “A amamentação é responsabilidade de todos. A mulher precisa ser apoiada pelo companheiro, pela família, pelos profissionais da saúde que forem atendê-la, por toda sua rede de apoio. Este é um momento único na vida da mulher, que precisa do apoio de todos ao seu redor, pois a amamentação nem sempre é fácil”, explica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.

    Durante o evento desta segunda-feira foram debatidos assuntos que tratam da proteção do aleitamento materno. Temas como direito das gestantes em tempos de pandemia, licença-maternidade, redução de carga horária ou intervalo para amamentar no retorno ao trabalho, licença paternidade, amamentação de mães com covid-19 e amamentação continuada após os dois anos de vida e, o direito de amamentar em qualquer lugar público foram abordados na abertura.

    “Os benefícios da amamentação são inúmeros, não só para o bebê e para a mãe, mas também para toda a sociedade. A mulher que amamenta seu filho se sente mais segura para ir trabalhar, pois a chance deste bebê adoecer é menor. Então, todos saem ganhando: empresas, família e comunidade”, destaca Miriam.

    O pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Paulista de Pediatria e criador do Blog Eu Apoio Leite Materno deu uma palestra durante o evento online e abordou a importância dos profissionais de saúde apoiarem a amamentação e não fazerem publicidade de produtos que atrapalham a amamentação, como fórmulas infantis, chupetas e mamadeiras, pois ter isso dentro de um consultório pode influenciar diretamente as mães que buscam auxílio, tendo em vista que a amamentação não é um processo tão fácil.

    “Desromantizar a amamentação é necessário, pois amamentar não é simples e nem sempre natural. A mulher precisa de orientação adequada e uma boa rede de apoio, e todos nós precisamos ter empatia com a situação de cada mãe. Eu quero que mais mães amamentem e o impacto do marketing de produtos pode atrapalhar, pois essa mulher está sensível”, avalia o palestrante.

     A Hora do Mamaço

    No domingo (1°/8) ocorreu virtualmente a “Hora do Mamaço”, o primeiro evento que abriu o Agosto Dourado. Onde foi exibido um vídeo com fotos de usuárias dos Bancos de Leite Humano do DF e de doadoras de leite materno.

    Miriam falou sobre a quantidade de propagandas e marketing em cima de produtos que podem atrapalhar a amamentação, como chupetas, mamadeiras e fórmulas infantis, “que em um momento de dificuldade durante a mamentação podem ser uma alternativa para as mães”.

    Maíra Lemes  participou da Hora do Mamaço e contou sua experiência. Ela disse que teve muito apoio, mas o início da amamentação foi muito difícil.

    “Fui na UBS, recebia todas as informações, mas na prática a gente descobre que não sabe amamentar e nem todos os bebês já sabem mamar. Tive fissuras, foi tudo bem dolorido e graças à ajuda do meu esposo e família foi melhorando. Conversei com médicos e consultora de amamentação até acertar a pegada. Depois de um mês deu tudo certo”, relatou.

    Deliane Oliveira é mãe de três meninos e conta que conheceu o Banco de Leite Humano quando teve seu filho mais velho, há dez anos. Ela teve muita dificuldade e ficou internada por alguns dias por conta que o filho não pegava o peito. Foi então que recebeu ajuda das profissionais do Banco de Leite do Hospital Regional de Taguatinga e conseguiu amamentar sem nenhum problema. Já com o segundo filho tirou de letra a amamentação e não teve dificuldade.

    No entanto, agora no terceiro filho ela teve outras dificuldades. O bebê não estava conseguindo sugar direito e acabou perdendo peso. “Fui acompanhada pelo Banco de Leite do HRT e fui muito bem acolhida. Consegui fazer a translactação e depois de um mês ele recuperou o peso e eu me tornei doadora. Por isso, peço que as mães não desistam e continuem insistindo em amamentar. Cada criança é única e cada amamentação será diferente”, afirmou.

    Para as atividades científicas do Agosto Dourado está previsto entre os dias 23 a 27 de agosto o VI Seminário de Aleitamento Materno Brasília – I Seminário de Alimentação Complementar Saudável de Brasília. Além disso, toda a Secretaria de Saúde, desde atenção primária até a hospitalar, está se mobilizando com ações no Agosto Dourado.

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