Envolvido em polêmicas, como a nomeação de um universitário para comandar a Biblioteca Nacional de Brasília, gestor deixa a pasta
IGO ESTRELA/METRÓPOLES
LUIZ PRISCO
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FELIPE MORAES
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Adão Cândido foi exonerado da função de secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal. Assume o cargo, de forma interina, o secretário-executivo da pasta Cristiano Vasconcelos da Silva. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (19/12/2019).
Ao longo dos 12 meses de gestão, Cândido acumulou polêmicas à frente da Secec. Os ruídos com a comunidade artística cresceram quando o edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) foi cancelado para destinação da verba às reformas no Teatro Nacional Claudio Santoro.
Cândido se manifestou por meio de nota à imprensa: “Agradeço à oportunidade e confiança dada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para realizar durante todo o ano de 2019 este trabalho à frente da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Acredito que realizamos grandes ações em defesa das políticas públicas culturais e do patrimônio neste período e tenho a certeza que a população do Distrito Federal irá colher os frutos deste trabalho”.
Nomeado no início da gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), o secretário de Cultura, Adão Cândido, já protagonizou situações embaraçosas.
Recentemente, o titular da pasta foi vaiado no 52° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ao ser convidado para discursar, ouviu do público gritos de “Fora, Adão”. O secretário não interrompeu a fala, mas chegou a debater com os manifestantes. “O que vocês estão fazendo é postura antidemocrática. Estão manchando a história do Festival de Brasília”, retrucou Cândido.
Conforme denunciado pelo Metrópoles, Cândido nomeou um estudante universitário para ocupar o cargo de diretor da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). O ex-chefe da pasta comentou que o ato teria sido um equÍvoco.
Em abril deste ano, o Metrópoles noticiou que o gestor havia determinado reformas na Biblioteca Nacional de Brasília para abrigar o gabinete dele e de assessores. Originalmente, o órgão funcionava no anexo do Teatro Nacional Claudio Santoro. O prédio é tombado e, para quaisquer alterações, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) teria de ser consultado.
No entanto, até mesmo um banheiro particular foi construído no prédio. A obra aconteceu em meio à crise financeira e à falta de investimentos em outras prioridades, como a reforma do Teatro Nacional, fechado há cinco anos. No fim de março, artistas da cidade também reclamaram do atraso na liberação do FAC.
Fonte: Metrópoles