Crédito: Ronaldo de Oliveira
A sua saída amistosa do PMDB sinaliza uma possível aliança futura, caso o partido desembarque mesmo da base aliada do governo?
Eu considero o PMDB um partido importante para o Brasil e também para Brasília. Ele tem um papel de extrema relevância para a história da cidade e certamente terá também para o futuro.
O senhor acredita em um rompimento da aliança entre PT e PMDB?
Eu vejo que é possível, sim, esse rompimento, até pela forma de governar do PT, que muitas vezes exclui quem trabalha e quem quer ajudar.
Por que o senhor rompeu com o governo?
No começo de 2011, Brasília começava a sair de um dos momentos mais difíceis de sua história. Naquele momento, era importante a minha presença no governo, já que eu havia sido presidente da Novacap e conhecia a situação das obras em andamento. Acho que o meu trabalho gerou muito ciúme. Além disso, depois de sete meses, comecei a discordar do modelo que o PT estava implantando. Discordei de questões como tirar incumbência da Novacap e da Secretaria de Obras para passar para a Terracap.
O senhor foi secretário do governo Agnelo. Não fica em uma posição complicada para criticá-lo agora?
Pelo contrário, eu deixei o governo em pouco tempo por discordar da forma de gestão. No sétimo mês de governo, depois de ter feito o possível para ajudar, eu me afastei. Então, não vejo dificuldade nenhuma em criticar. Cumpri meu papel naquele momento e agora quero ajudar na oposição.
O senhor vai para qual partido?
Recebi convites do PSDB, PSD e PP e vou escolher entre os três. Até agora, a minha certeza é que trabalharei para formar um grande palanque para o (senador mineiro tucano) Aécio Neves. Acredito que podemos levar o modelo de gestão que ele implantou em Minas Gerais para todo o Brasil. Aqui no DF, quero ajudar a construir um palanque de coalizão suprapartidária.
Vai se candidatar ao Governo do DF?
A meta é formar o palanque para o Aécio e serei candidato ao cargo que melhor se encaixar nesse plano. É possível que eu seja candidato a governador, a senador, a vice-governador , a deputado federal e até mesmo trabalhar como coordenador dessa grande campanha.
Em 2014, o senhor estará ao lado de quem?
É preciso respeitar os titulares da política, que ainda estão em campo ou que jogaram no passado. Cito o senador Cristovam Buarque e os ex-governadores Joaquim Roriz, José Roberto Arruda e Maria de Lourdes Abadia. Esses são os nossos titulares. Mas se algum deles se machucar ou se contundir, estou posicionado, com a chuteira engraxada, meiões colocados e uniforme pronto, à disposição para entrar em campo.
Fonte: Blog Eixo Capital/Correio Braziliense