A Polícia Militar do Distrito Federal, uma das mais preparadas do país, já teria feito o que fez nesta manhã de domingo (5), se não fosse impedida e humilhada, o tempo todo, pelo governador Rodrigo Rollemberg e pela secretária de Segurança, Márcia Alencar.
A opinião é do ex-vice-governador e presidente do PMDB local, Tadeu Filippelli, ao acompanhar a retirada de 12 pessoas do prédio, em ruínas, onde funcionou o Torre Pálace Hotel. A mobilização para a operação custou ao GDF cerca de R$ 4 milhões.
Os doze homens que comandaram a resistência dentro do prédio, todos com passagem pela polícia por tráfico de drogas, deixaram de joelhos e sem saber o que fazer por cinco dias, o desmoralizado governo Rollemberg, além de provocar um nó nas mais importantes vias de trânsito do centro da cidade.
“O que no início parecia cautela, à medida que o tempo ia passando, começou a ser visto por muitos cidadãos brasilienses como um sinal de fraqueza do governo, por falta de pulso para decidir”, disse Tadeu Filippelli ao Radar, após acompanhar o desfecho da ocupação do Torre Palace Hotel durante a operação rápida e eficiente da PMDF, ocorrido nesta manhâ de domingo. Ninguém se feriu.
Durante todo esse período a Polícia Militar tinha a forma de realizar a desocupação, sem ferir ninguém. No entanto, a secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar Araújo preferiu tratar os ocupantes com exageradas deferências e desqualificando a PM e humilhando seus oficiais pela proposta de desocupação apresentada, a ponto do secretário adjunto, Coronel Claudio Carvalho, pedir demissão do cargo.
Para Tadeu Filippelli, a Polícia Militar possui uma grande capacidade e treinamento para agir em quialquer situação de risco como a do Torre Palace Hotel, mas, lamentavelmente, estava sendo impedida, o tempo todo, por um governador “indeciso e atrapalhado” que acha que deve tratar bandidos com mimos.
“O governador precisa assumir a responsabilidade do cargo que ocupa. O prolongamento de uma operação, nos moldes da que estava sendo feita, fragiliza a imagem da polícia na medida em que chegam ao público os conflitos internos – inclusive com pedido de demissão de militares”, apontou.
Filippelli criticou o fato de a Secretaria de Segurança Pública ter tratado os membros da Polícia Militar com menosprezo e deboche como ocorreu durante uma reunião entre a secretária Márcia Alencar e um grupo de coronéis da PM. Desde o inicio ela vinha recusando a prosposta de uma ação de desocupação rápida e eficiente diferente da dela. Somente hoje a Policia Militar mostrou que estava certa com o sucesso da operacao no deteorado prédio do Torre Palace.
Durante a semana, Márcia Alencar protagonizou cenas de bate-boca e humilhou os coronéis, chefes da área operacional da PMDF, na frente de todos os integrantes dos órgãos de segurança e outros órgãos convidados para tratar da desocupação do Hotel Torre Palace na sexta-feira (03).
“Esse governo perdeu a capacidade de respeitar e defender os valores da nossa Policia Militar que precisa ser preservada em sua plenitude, vez que é ela que viabiliza as demais autoridades e, assim, a nossa vida em sociedade”, ponderou o ex- vice-governador.
A CRISE PROVOCADA POR MÁRCIA ALENCAR
Após a operação eficiente feita pela Policia Militar do Distrito Federal, na desocupação do prédio onde funcionava o Torre Palece Hotel, no Setor Hoteleiro Norte de Brasília, a relação entre os oficiais da PMDF e a secretaria de Segurança Publica, Márcia Alencar, vai continuar insustentável.
Rollemberg terá que decidir de que lado fica. Se do lado da socióloga pernambucana Márcia Alencar, que não ver nada demais utilizar o helicóptero do Detran para que seus filhos façam voos panorâmicos sobre Brasília ou dos Coronéis que carregam nos ombros uma instituição com 207 anos de serviços prestados ao povo da capital do país, com mais de 13.500 homens e mulheres de respeito.
Rollemberg terá que escolher se fica ao lado de Márcia que nomeou a sua empregada domestica no seu gabinete ou ao lado de uma corporação formada por militares que, dia após dia, noite após noite, se desdobram para manter o mínimo de condições de segurança para o povo do Distrito Federal .
No dia em que as pessoas tiverem a devida consciência da imprescindibilidade da Polícia Militar e, sobretudo, do caos decorrente de sua ausência, certamente dedicarão aos seus membros a louvação e a reverência nos mesmos níveis que se têm pela nossa Suprema Corte, por exemplo.
A Policia Militar é a guardiã do tempo e da rotina. Essa policia merece consideração e acima de tudo, respeito. Resta saber de que lado o governador quer ficar.
Fonte: Radar Condomínios
VEJA VÍDEO DA OPERAÇÃO DA PMDF